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Eleições Europeias

BE quis mostrar que quase tudo é Europa

07 jun, 2024 - 06:30 • Hugo Monteiro

A segunda semana de campanha, muito a Norte, e com muito contacto com a população, serviu para definir o objetivo do Bloco de Esquerda para as europeias: manter os dois eurodeputados.

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Foi uma campanha em crescendo. De uma primeira semana muito marcada pela troca de acusações com a Iniciativa Liberal, a segunda semana trouxe, a poucos dias do ato eleitoral, a definição do objetivo do Bloco de Esquerda (BE) para as europeias: eleger dois eurodeputados, Catarina Martins e José Gusmão, mantendo a representação que já detém no Parlamento Europeu.

A meta foi assumida pela coordenadora do BE, Mariana Mortágua, que, ao longo da campanha, deixou o protagonismo para a cabeça de lista do partido. Houve algumas iniciativas em que Mortágua nem sequer apareceu, embora estivesse presente em quase todas. Muitas vezes coube a Catarina Martins comentar a atualidade política nacional, mesmo que Mortágua estivesse ali ao lado.

O Bloco procurou insistir nos temas europeus, numa campanha em que a candidata por diversas vezes dizia “este é também um tema europeu” ou “este é também um assunto que se decide em Bruxelas”, estivesse a falar de habitação, poder de compra ou dos problemas no setor da saúde.

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Foi também nos últimos dias de semana de campanha, durante um comício noturno ao ar livre no Porto, que Catarina Martins lançou a ideia e a promessa de que, caso seja eleita, irá propor sanções políticas à Alemanha pelo envio de armas para Israel. A candidata do BE diz que se trata de uma violação da lei e pediu aos partidos portugueses que fazem parte das famílias políticas que suportam o Governo alemão que falassem sobre o tema.

Principalmente nos últimos dia, Catarina e Mortágua tiveram ao seu lado as figuras históricas do partido. Entre elas Francisco Louçã. O fundador do BE assumiu mesmo o protagonismo em dois momentos. No comício do Porto atacou quase todos os cabeças de lista dos outros partidos. No desfile na Rua da Santa Catarina, também no Porto, Louçã voltou a assumir um dos papéis principais ao responder ao que designou como “tiroteio” do líder da Iniciativa Liberal.

Os dias de campanha da segunda semana tiveram mais rua, mais contacto com a população e mais visitas a feiras e mercados. Grande parte destes dias foram passados a Norte, tirando proveito do “fator casa” e da popularidade de Catarina Martins na região. A cabeça de lista do BE nasceu no Porto e é bastante reconhecida na cidade, pelo que se repetiram os abraços, beijinhos e selfies à passagem da candidata.

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