01 jun, 2024 - 13:55 • Filipa Ribeiro
A liberdade de expressão foi brevemente comentada pelo candidato da Iniciativa Liberal durante a visita deste sábado à Feira do Livro de Lisboa. À passagem pela banca da Assembleia da República, depois de cumprimentar quem por lá estava, João Cotrim de Figueiredo admitiu ter saudades “às vezes” dos trabalho no parlamento.
“Às vezes estou a assistir a debates e a dizer: Isto não!”, diz, acrescentando que é “treinador de bancada”
O candidato da Iniciativa Liberal lamenta que a Assembleia da República seja agora “tumultuosa” e “menos educada” e reforça que “a cortesia e boas maneiras nunca prejudicaram nenhuma proposta política”.
João Cotrim de Figueiredo diz que ainda assim é a favor da liberdade de expressão: “Os riscos de ter um árbitro do que pode ou não ser dito, são maiores que as asneiras e baboseiras que são ditas”, defende.
O candidato liberal e antigo deputado sugere que, por exemplo, as intervenções feitas em anteriores presidências da Assembleia da República por Eduardo Fero Rodrigues e Augusto Santos Silva poderiam ter segundas intenções.
“A primeira ou segunda intervenção podia ter sido uma coisa espontânea de querer mostrar que há limites e que está fora daquilo que seria a norma da Assembleia da República, mas a partir do momento em que se percebe que as interjeições funcionaram a favor do infrator e insistem, eu não tenho as pessoas como burras e só posso inferir que a intenção era continuar a favorecer com a velha teoria de que um Chega forte é a garantia que o PS se eternizava no poder”, disse.
Na passagem pela Feira do Livro de Lisboa, o candidato da Iniciativa Liberal comprou três livros na banca da editora Zigurate, entre eles o livro " Na Cabeça de Xi" de François Bougon.
No entanto, com a caravana da Inciativa Liberal vinha um saco de pano azul com várias recomendações para outros partidos. Entre eles " A economia numa lição" de Henry Hazlitt que Cotrim de Figueiredo diz "querer oferecer" a Sebastião Bugalhao da AD, ainda a "Enciclolpédia da União Europeia" para Marta Temido uma vez que Cotrim de Figueiredo diz que a candidata do PS "não conhece as suas prórpias ideias sobre a Europa".
Para o Chega, o candidato liberal recomenda "A conspiração do Kremlim" de Joel C.Rosenberg, porque "a conspiração é uma coisa que assiste a Tânger Correia", disse Cotrim que recomenda esse mesmo livro ao PCP por considerar que o Chega e a CDU "têm muito eleitorado em comum".
O último livro a sair do saco foi "Capitalismo e Liberdade", de Milton Friedman, para Catarina Martins.
Para os verdes do PAN e Livre, João Cotrim de Figueiredo não tem livros e ironiza: "Mando uns links para poupar papel".