28 mai, 2024 - 12:58 • Hugo Monteiro
A cabeça de lista da Alternativa Democrática Nacional (ADN) às eleições europeias defende “uma reestruturação quase total dos fundos europeus”.
Joana Amaral Dias diz que estas verbas “não estão a ir para aquilo que é essencial: a industrialização do país, a educação ou a pesca”.
Dá o exemplo de “grande parte dos fundos” que “vão para a aquacultura, para os viveiros”, sendo que “só uma fatia muito magra, 10% desses fundos, é que chega de facto aos pescadores que vão à Ria e que vão ao mar”.
Joana Amaral Dias diz que os países, nomeadamente Portugal, precisam “resgatar uma parte da soberania”, quando “as leis e as diretivas europeias” são “contrárias aos interesses nacionais”, numa Europa "que não é democrática, porque das suas instituições, só uma é de facto eleita, o Parlamento Europeu, e nem sequer tem iniciativa legislativa”.
A cabeça de lista do ADN não vê, nesta posição, um contrassenso, uma vez que é candidata a esse mesmo Parlamento Europeu. "Nós queremos uma Europa que seja intergovernamental, mas não federalista. Não é ter menos Europa, é antes ter uma outra Europa, uma Europa diferente”, argumenta.
Como objetivo para as Europeias, Joana Amaral Dias quer chegar aos 150 mil votos, que poderão garantir a eleição. Um número mais elevado do que o conseguido nas últimas eleições legislativas. Sem confusão de siglas com a AD no boletim de voto, diz, porque, se tal acontecesse, “também se confundia o PS com PSD”.
A prova está, sublinha” nas eleições na Madeira, onde não havia AD e, no entanto, o ADN teve um resultado histórico. É a prova dos nove como efetivamente não houve engano nenhum” dos eleitores no momento do voto para as Legislativas”.