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Ministro da Educação diz que greves dos professores comprometem escola pública

03 jun, 2023 - 15:21 • Lusa

João Costa aguarda decisão do Tribunal Arbitral ao pedido de serviços mínimos durante a greve.

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O ministro da Educação, João Costa, afirmou este sábado que as greves dos professores decretadas para durante os exames nacionais e as avaliações finais colocam em causa a escola pública.

"Desejamos é que o ano letivo termine com uma tranquilidade que é devida a todos os alunos, até porque nós já estamos a chegar a um momento em que os que estão a ser mais prejudicados são aqueles que dependem mesmo da escola pública, são os que não têm dinheiro para pagar explicações, são os que não têm outros estímulos. É a essência da escola pública que está a ser posta em causa por estas greves sucessivas", disse João Costa à agência Lusa.

João Costa, que falava à margem da final do concurso do Plano Nacional de Leitura, em Torres Vedras, aguarda uma decisão do Tribunal Arbitral ao pedido de serviços mínimos durante a greve.

"É fundamental entendermos que este período de conclusão do ano Letivo, de conclusão das avaliações é um período muito crítico para o futuro", sublinhou.

Questionado sobre as compensações pedidas pela Confederação Nacional das Associações de Pais, João Costa respondeu que está a equacionar "prorrogar algumas das medidas mais eficazes do plano de recuperação das aprendizagens", tendo em conta não apenas as greves, mas "um período continuado de prejuízo das aprendizagens.

Sobre o processo negocial com os sindicatos representativos dos professores, o ministro da Educação reiterou que "o Governo tem dado passos importantes na valorização da carreira dos professores", adotando medidas que ascendem a 300 milhões de euros.

"Queremos agora é que estas medidas entrem em vigor em pleno e os professores sintam o impacto destas medidas nas suas vidas", sublinhou, dando como exemplos os descongelamentos da carreira e os consequentes aumentos salariais de milhares de professores, assim como a valorização remuneratória dos docentes contratados.

Ainda assim, afirmou, "há matérias para negociar", dando como exemplos a monodocência e a regularização da situação profissional de assistentes técnicos e técnicos especializados das escolas, "que em muitos casos vivem em situações de precariedade ou têm também uma situação de salarial que é bastante insuficiente".

Na sessão de abertura da final do concurso do Plano Nacional de Leitura, o governante apelou para a leitura por parte dos jovens e respetivas famílias, considerando que não há crescimento nem desenvolvimento se uma população não lê.

Comentários
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  • Digo
    04 jun, 2023 eu 10:52
    Quem compromete a Escola Pública é este especime que após meses e meses de logro nas pseudo-negociações, tem em cima da mesa a mesma proposta do 1º dia e entretem-se a manipular as pessoas beneficiando da ausência de oposição - PSD não tens nada a dizer? - e duma comunicação social subserviente, com entrevistas sem contraditório e truncagem das poucas mensagens dos Sindicatos e prefere resolver tudo com serviços minimos a fazer uma negociação séria. Tranquilidade? Esqueça isso. Prejuízo para os alunos? Para os alunos e para os professores e por arrastamento para o País, ou julga que os professores não perderam salário por fazer greve, e os alunos, em breve sem professores - calma, vão importar uma data de profs brasileiros a ganhar tostões e a largar o lugar quando virem que não sobrevivem cá, com o que lhes pagam - vão ficar pior do que já estavam
  • ex-prof
    03 jun, 2023 Felizmente 21:14
    Basta ver como milhares de professores contratados estão a recusar o "presente" da vinculação dinâmica tão "generosamente" oferecido pelo governo - 300 milhões é muito milhão, mas o curioso é que por contas já feitas, devolver o tempo de serviço roubado aos professores ficava mais barato e era mais justo, e esta? - preferindo ficar como contratados, para desconfiar das palavras do (mentiroso) ministro ...

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