27 mai, 2023 - 10:42 • Joana Azevedo Viana com Lusa
Mariana Mortágua, candidata à liderança do Bloco de Esquerda, disse este sábado que a XIII Convenção Nacional do partido vai permitir aos portugueses comprovarem "como o Bloco de Esquerda tem a força e a alegria de um debate vivo e intenso", assegurando que os militantes vão "certamente sair daqui mais fortes".
Em declarações aos jornalistas à chegada à convenção, que decorre até domingo no complexo desportivo municipal do Casal Vistoso, em Lisboa, a provável sucessora de Catarina Martins à frente do BE destacou que o "essencial é termos um debate vivo e sério".
"Nas convenções fazem-se todos os debates que os militantes acharem que são importantes, é assim o debate livre, é assim que nós gostamos do debate no Bloco de Esquerda. Não posso antecipar exatamente como vai ser, será o que os militantes desejarem, mas posso antecipar que vai ser bom e que vai ser intenso e que vai ser produtivo, e vamos sair daqui certamente mais fortes."
Confrontada com as críticas sobre a alegada ausência de debates públicos contra a lista opositora, encabeçada por Pedro Soares, a deputada à Assembleia da República disse apenas que "o Bloco de Esquerda tem a sua vida interna muito intensa" e "a democracia interna é o que conta".
A XIII Convenção Nacional do Bloco arranca este sábado de manhã com o discurso de despedida de Catarina Martins, que abandona a liderança do partido e que, após 14 anos como deputada, vai também deixar o Parlamento no final desta sessão legislativa.
No encontro, os 654 delegados do BE são chamados a escolher entre duas moções: a moção A, encabeçada por Mortágua e com muitos nomes da atual direção, e a moção E, que reúne críticos e cujo porta-voz à convenção é o ex-deputado Pedro Soares.
Depois do discurso de Catarina Martins, e antes da interrupção para almoço, os delegados vão discutir e votar as alterações aos estatutos e, para o início da tarde, estão previstas as apresentações, debate e conclusões das moções de orientação política.
Pelas 17h00 de hoje, abrirão as urnas – que só fecham no domingo de manhã – para a eleição dos órgãos nacionais, a Mesa Nacional e a Comissão de Direitos.