Tempo
|
A+ / A-

Parlamento aprova nova versão da lei da eutanásia, Marcelo decide depois da Páscoa

31 mar, 2023 - 13:10 • Redação

O diploma foi aprovado com os votos do Partido Socialista, Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PAN e Livre. Tal como nas votações anteriores, o PSD deu liberdade de voto. Houve apenas duas abstenções.

A+ / A-

Pela quarta vez – e na sua quarta versão – foi aprovado esta sexta-feira, na Assembleia da República, o diploma da despenalização da morte medicamente assistida.

O texto foi aprovado com os votos do Partido Socialista (PS), Iniciativa Liberal (IL), Bloco de Esquerda (BE), PAN e Livre.

Tal como nas votações anteriores, o PSD deu liberdade de voto à sua bancada; cinco representantes social-democratas votaram favoravelmente.

Houve apenas duas abstenções, uma do PSD e outra do PS. Todos os representantes do Chega e PCP votaram contra, assim como cinco deputados do PS.

O diploma irá seguir agora para a Comissão de Assuntos Constitucionais, para fins de redação final e publicação em Diário da República, e só depois para apreciação do Presidente da República.

Só após a Páscoa é que chegará às mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, que esta manhã, em declarações aos jornalistas, remeteu uma decisão para depois do domingo pascal.

"A lei acabou de ser votada, portanto, deixe-se chegar a Belém, há-de chegar durante a semana da Páscoa ou depois da semana da Páscoa, e eu, se houver dúvidas de constitucionalidade suscito-o perante o Tribunal Constitucional (TC), se tiver reserva política devolvo ao Parlamento, se não houver uma coisa nem outra eu promulgo."

Tudo de novo?

O novo texto, concertado entre PS, Iniciativa Liberal, Bloco e PAN, determina que a eutanásia só será permitida se o doente não tiver condições físicas para praticar o suicídio assistido.

Na terceira versão, o que motivou o chumbo dos juízes, em janeiro, foi o conceito de sofrimento.

Na altura, o tribunal entendeu que a expressão “sofrimento físico, psicológico e espiritual” não permitia perceber se isto são condições alternativas ou cumulativas, ou seja, se o sofrimento tinha de ser físico, psicológico, espiritual em simultâneo, ou se bastava o doente ter apenas um tipo de sofrimento.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • EU
    31 mar, 2023 PORTUGAL 21:12
    Então os OUTROS do PSD/PPD? 5 votaram contra e 1 absteve-se, onde votaram os OUTROS se só o Chega, o PCP e 5 do PS votaram contra, já que os outros Partidos votaram a favor? Foram impedidos de votar ou saíram do Hemiciclo?
  • EU
    31 mar, 2023 PORTUGAL 20:32
    Há nesta notícia algo que não bate certo. Não consigo entender os números que estão em cima. Não entendo, se propositadamente ou por falha. Vejamos então. Uns Deputados votaram a favor, outros abstiveram-se e outros votaram contra. É dito que o PSD/PPD deu liberdade de voto, tendo 5 Deputados votado a favor e 1 absteve-se. Mas também é dito que votaram CONTRA o Chega, o PCP e 5 Deputados do PS. Assim sendo, não entendo qual a direcção dos VOTOS dos OUTROS Deputados do PSD/PPD. Não votaram ou não os deixaram votar? Estavam no Hemiciclo ou saíram no momento da votação? Pois é, parece uma coisa banal, mas é muito sério, pois EU queria saber qual o destino dos votos do PSD/PPD. Assim EU fico sem saber se votaram ou não.

Destaques V+