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"Portugal a caminho de ser o Alentejo da Europa”, diz Manuela Ferreira Leite

07 mar, 2023 - 21:18 • Manuela Pires , com redação

Antiga líder do PSD alerta para o envelhecimento da população portuguesa e traça um cenário sombrio para o futuro do país.

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Se Portugal não mudar de caminho vai ser o “Alentejo da Europa”, afirmou esta terça-feira a antiga líder do PSD e ministra Manuela Ferreira Leite.

“Provavelmente é muito violento o que vou dizer, mas se não mudarmos a situação nós, Portugal, estamos no caminho de vir a ser o Alentejo da Europa”, declarou Manuela Ferreira Leite.

A antiga ministra das Finanças e da Educação falava durante o encontro Mulheres e o Mercado de Trabalho, em Lisboa, com a presença do líder do PSD, Luís Montenegro.

Manuela Ferreira Leite alertou para o envelhecimento da população portuguesa e traçou um cenário sombrio para o futuro do país.

“E o Alentejo da Europa como sendo uma região muito bonita, extremamente atrativa, ótima para se descansar, para apanhar sol, comer bons petiscos, mas morta e sem vida. E é para isso que nós nos estamos a preparar”, afirmou a antiga líder do PSD.

Montenegro convertido à lei da paridade

No encontro Mulheres e o Mercado de Trabalho, o líder do PSD, Luís Montenegro, admitiu que mudou de opinião sobre a lei das quotas.

“Relativamente às quotas, eu sou um dos convertidos, no Parlamento votei convictamente contra. Por princípio, todos defendemos uma sociedade onde o crescimento se baseia na avaliação do que fazemos, no mérito, nos resultados. Mas, quando nós estamos a falar de um processo de mentalidade coletiva, de cultura, de forma de organização que vem de muitos anos, às vezes só com um toque mais impositivo se pode estimular o que vem a seguir”, disse Luís Montenegro, na véspera do Dia Internacional da Mulher.

Montenegro recordou as discussões sobre a Lei da Paridade, aprovada na versão original em 2006, e de que algumas deputadas o avisaram que um dia esta iria ser “a lei da quota dos homens”.

Já quanto à desigualdade salarial entre homens e mulheres, Montenegro considerou-a “muito difícil de perceber” e disse esperar não ser necessário um “impulso legislativo” e ter de interferir na política das empresas em matéria de retribuições.

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