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Marcelo diz que não faz muitos elogios ao Governo, apenas "os justos e suficientes"

27 fev, 2023 - 19:44 • Lusa

Em concreto, o chefe de Estado referiu-se a um protocolo recentemente assinado entre Portugal e a universidade norte-americana de Stanford, na sequência da visita que ele próprio fez à Califórnia.

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O Presidente da República considerou que "não faz muitos elogios ao Governo", apenas "os justos e suficientes", tendo sido esta segunda-feira o caso para a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.

Marcelo Rebelo de Sousa visitou hoje a 30.ª edição da Semana de Informática do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, acompanhado da ministra e, nos discursos que se seguiram, deixou uma palavra para o seu trabalho.

"O Presidente da República não faz muitos elogios ao Governo, quando faz são justos, faz os suficientes. A senhora ministra tem, para além da sua carreira brilhantíssima, mostrado, quer no domínio do ensino superior, mas em particular na ciência e tecnologia um dinamismo e sensibilidade para problemas fundamentais do nosso país", disse.

Em concreto, o chefe de Estado referiu-se a um protocolo recentemente assinado entre Portugal e a universidade norte-americana de Stanford, na sequência da visita que ele próprio fez à Califórnia.

"A visita foi em setembro, ainda não acabou o mês de fevereiro e foi assinado há dias o primeiro protocolo de Stanford com Portugal", elogiou.

Questionado pelos jornalistas, no final da cerimónia, se tem tido menos razões para elogiar o Governo nos últimos tempos, Marcelo Rebelo de Sousa disse que terá "as razões que tiver em cada momento" para elogiar ou não o executivo.

"Há coisas positivas. Por exemplo, espero muito da nova equipa que foi encarregada de gerir o Serviço Nacional de Saúde. Há outras coisas que correm menos bem, já chamei a atenção para o que penso sobre o atraso da segunda parte da execução do Plano de Recuperação e Resiliência", exemplificou.

Questionado sobre um aumento das manifestações de rua, nos últimos meses, o Presidente da República contrapôs que, na segunda metade de 2018, havia protestos de "camionistas, estivadores, enfermeiros ou função pública".

"Neste momento, temos a luta específica dos professores, muito determinada, muito contínua, e houve agora uma manifestação em Lisboa -- de menor dimensão do que a dos professores -- sobre o custo de vida. A democracia é isso", disse, realçando que o mesmo se verifica em outros países, até com outra dimensão, como em França.

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  • Anastácio José Marti
    01 mar, 2023 Lisboa 10:45
    Que moral tem o Presidente da República para elogiar um Governo que está há 14 meses, ilegalmente, por publicar o Regulamento da Lei Nº 5/2022, já aprovado em Conselho de Ministros de 2/2/2023, mas até hoje, 1/3/2023, um mês depois de aprovado, continua por publicar? è destas vergonhosas formam que o mesmo Presidente respeita a sua própria promulgação da mesma lei num Estado que se diz de Direito e Pessoa de Bem mas dá-nos há mais de um ano estes tristes mas reais exemplos? Será algum dia assim, com estas posturas que quem jurou cumprir e fazer cumprir a lei e a Constituição respeita o seu próprio juramento? Mal dos portugueses que continuam a ter políticos que nem a sua própria palavra nem as leis que aprovam dão provas de saber e quererem respeitar, impondo estas vergonhas de existir uma lei que não pode ser aplicada por falta do seu Regulamento, impedindo os trabalhadores Deficientes portugueses de se pré-reformarem, apesar de terem mais de 80% de incapacidade, quando simultaneamente, o mesmo país, o mesmo Governo e o mesmo Estado permitem que os polícias já o possam fazer desde que tenham 55 anos de idade independentemente da sua saúde. É assim que se respeita e faz respeitar alguma vez Princípios da Legalidade, Imparcialidade, Responsabilidade e Igualdade de Tratamento nalgum canto do mundo mesmo que esse canto se chame Portugal? Que vergonha!
  • José J C Cruz Pinto
    01 mar, 2023 ILHAVO 10:01
    Em resumo, o que alguns queriam mesmo era um boneco em Belém que de vez em quando disparatasse quando lhe fizessem sinal, e que, depois de lá sair, escrevesse as memórias de tudo, incluindo dos disparates ... [como se deles não nos lembrássemos.]

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