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Educação em debate

"Tenham vergonha!" Professores interrompem deputada do PS no Parlamento

22 fev, 2023 - 15:45 • Tomás Anjinho Chagas com Lusa

Social-democratas apresentam esta tarde medidas para tentar travar a convulsão na escola pública. No Parlamento, professores interromperam o PS e tiveram de ser retirados pela polícia.

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Quase uma hora depois do início do debate desta quarta-feira, marcado pelo PSD para apresentar medidas para a educação, meia dúzia de pessoas vestidas de preto levantaram-se nas galerias da Assembleia da República e interromperam a deputada do PS, Eunice Pratas, que respondia às intervenções dos partidos da oposição.

"Tenham vergonha! Justiça!", gritaram durante alguns segundos enquanto a parlamentar socialista falava. A intervenção foi interrompida pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que pediu aos agentes da PSP para retirarem os manifestantes das galerias do Parlamento.

"Senhores agentes da PSP, façam favor de retirar as pessoas que se estão a manifestar nas galerias", ordenou Santos Silva. Sem oferecer resistência, os manifestantes- que nas camisolas negras tinham a palavra "Justiça" inscrita- na sua maioria mulheres, saíram do plenário, acompanhados pela polícia.

O debate prosseguiu normalmente e Eunice Pratas continuou nas respostas à oposição. Antes do momento, o PSD acusou o primeiro-ministro, António Costa, e o ministro da Educação, João Costa, pelo estado "quase caótico" em que a escola pública se encontra mergulhada nos últimos meses.

"O Governo tem horror às reformas e guia-se pela cultura do deixa andar", atirou o deputado António Cunha, que apontou diretamente àqueles que considera os culpados: "Por incompetência das políticas e falta de visão estratégia, António Costa e João Costa são os grandes responsáveis pelo período crítico, quase caótico, que atinge a escola pública".

No debate desta quarta-feira, o PSD apresentou várias propostas para resolver a convulsão social dos professores, entre as quais uma solução negociada entre Governo e docentes para a recuperação do tempo de serviço.

Nos pedidos de esclarecimento, a deputada do BE Joana Mortágua acusou o PSD de, com este debate”, tentar “correr atrás do prejuízo”, dizendo que, no passado, os sociais-democratas se terem juntado ao PS para impedirem a recuperação integral do tempo de serviços dos professores.

“De Rui Rio a Nuno Crato não houve um dirigente no PSD que não dissesse que havia professores a mais em Portugal”, criticou.

A deputada bloquista lamentou ainda que o único projeto-lei do PSD neste debate (os restantes diplomas são recomendações ao Governo) seja relativo ao regresso das provas de aferição no quarto e no sexto anos.

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  • Ex-professor
    22 fev, 2023 Felizmente 18:04
    O PSD, foi o partido que em 2019, após garantir na AR o apoio à recuperação do tempo de serviço dos professores, à 25º hora “pensou melhor” e roeu a corda, retirando o apoio, e inviabilizando assim essa recuperação. E quando se apercebeu da asneira política que acabava de cometer e dos votos que ia perder, tentou disfarçar com desastrada semântica, dizendo que só garantiria apoio se houvesse “condições para tal”, leia-se “recuperavam o tempo de serviço desde que tudo continuasse como estava e não recebessem nem 1 tostão a mais”, e ainda teve o desplante de dizer que “se votassem nele, quando fosse governo, empenhar-se-ia em resolver esta questão”. E antes, tinha-nos mandado emigrar porque éramos demasiados. Com este historial e agora com estas propostas que só servem para forrar o caixote da areia do gato, acham mesmo que o PSD está interessado em resolver os problemas da Educação e dos Professores?
  • Ex-professor
    22 fev, 2023 Felizmente 18:04
    O PSD, foi o partido que em 2019, após garantir na AR o apoio à recuperação do tempo de serviço dos professores, à 25º hora “pensou melhor” e roeu a corda, retirando o apoio, e inviabilizando assim essa recuperação. E quando se apercebeu da asneira política que acabava de cometer e dos votos que ia perder, tentou disfarçar com desastrada semântica, dizendo que só garantiria apoio se houvesse “condições para tal”, leia-se “recuperavam o tempo de serviço desde que tudo continuasse como estava e não recebessem nem 1 tostão a mais”, e ainda teve o desplante de dizer que “se votassem nele, quando fosse governo, empenhar-se-ia em resolver esta questão”. E antes, tinha-nos mandado emigrar porque éramos demasiados. Com este historial e agora com estas propostas que só servem para forrar o caixote da areia do gato, acham mesmo que o PSD está interessado em resolver os problemas da Educação e dos Professores?

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