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Conselho Europeu

Costa avisa: UE tem de "arrumar a casa" antes de novas adesões

08 fev, 2023 - 15:37 • Joana Azevedo Viana , Manuela Pires

No contexto da adesão da Ucrânia, primeiro-ministro português reforça necessidade de reformas institucionais e orçamentais no bloco comunitário.

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O primeiro-ministro português avisou esta quarta-feira que a União Europeia precisa de "arrumar a casa" antes de aceitar novos Estados-membros para além da Ucrânia.

Em vésperas do Conselho Europeu em Bruxelas, António Costa voltou a sublinhar que, para se avançar com o alargamento do bloco, são precisas reformas comunitárias.

"É importante reafirmar que, para além da Ucrânia ter de cumprir os critérios de adesão, é sobretudo a União Europeia que tem de se interrogar sobre a necessidade de fazer as reformas institucionais e orçamentais para que tenha capacidade de as expectativas que criou não se traduzirem numa frustração amanhã", indicou o chefe do Governo no Parlamento, no debate de preparação do Conselho Europeu.

Para Costa, é um pouco como "quando queremos receber pessoas em casa", indicando que é a UE que precisa de garantir que está preparada para acolher novos Estados-membros.

Zelensky em Bruxelas

A reunião de amanhã em Bruxelas vai contar com a presença do Presidente da Ucrânia, que esta quarta-feira esteve em Londres e em Paris, naquela que é a sua segunda viagem ao exterior desde a invasão russa da Ucrânia há quase um ano.

Para Costa, a presença de Volodomyr Zelensky permitirá "debater em conjunto não só o processo de apoio à Ucrânia para continuar a fazer o frente à agressão por parte da Rússia, mas também as perspetivas europeias [da adesão] da Ucrânia".

Combate à inflação

O primeiro-ministro destaca ainda como ponto-chave do Conselho Europeu de amanhã a resposta ao aumento da inflação e à crise e pretende sublinhar que as ajudas de Estado não podem comprometer o mercado único.

"Ajudas de Estado sim, de um modo temporário, focado e proporcional, complementadas com medidas de mitigação", indicou Costa, enumerando algumas das propostas que Portugal vai defender no encontro com os parceiros -- entre elas a criação de um fundo comum e "uma política comercial mais ambiciosa, que concretize os acordos há muito tempo por concretizar, entre a UE e outros parceiros económicos à escala global".

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