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​Buscas na Câmara de Lisboa por suspeitas de “saco azul” do PS no mandato de Medina

18 jan, 2023 - 20:42 • Ricardo Vieira

Em causa está uma nomeação de prestação de serviços para a gestão de obras na capital, assinada por Fernando Medina, o presidente da Câmara da altura e atual ministro das Finanças, indica a TVI/CNN Portugal.

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A Polícia Judiciária (PJ) realizou, na terça-feira, buscas na Câmara de Lisboa no âmbito de uma investigação a um alegado saco azul do Partido Socialista, durante o mandato de Fernando Medina. A notícia foi avançada esta quarta-feira pela TVI/CNN Portugal.

Em causa está uma nomeação de prestação de serviços para a gestão de obras na capital, assinada por Fernando Medina, o presidente da Câmara da altura e atual ministro das Finanças, indica a CNN/Portugal.

A empresa contratada pertencia a Joaquim Morão, um histórico socialista de Castelo Branco, que será um dos suspeitos, juntamente com o amigo e empresário António Realinho.

As autoridades investigam suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação, nos anos de 2015 e 2016.

O Ministério Público (MP) acredita que o objetivo do esquema visou a angariação de dinheiro em obras públicas, com subornos de empreiteiros, para o financiamento ilícito do PS, através dos chamados sacos azuis, adianta a CNN/Portugal.

De acordo com a notícia agora avançada, o ex-presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina será chamado a esclarecer se estava a par da contratação que assinou no valor de “dezenas de milhares de euros”.

“Não tenho conhecimento de qualquer investigação sobre o tema referido. Os processos de contratação da Câmara Municipal de Lisboa eram instruídos pelos serviços competentes para contratação, no cumprimento das normas aplicáveis”, respondeu Fernando Medina à TVI/CNN Portugal.

Autarquia confirma buscas

A Câmara Municipal de Lisboa confirmou a realização de buscas no departamento de Urbanismo da autarquia, mas remeteu mais esclarecimentos para as autoridades judiciais.

“Qualquer esclarecimento deverá ser prestado pelas autoridades judiciais”, disse à Lusa fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa, confirmando apenas as buscas no departamento de Urbanismo.

A TVI/CNN Portugal adianta que a PJ realizou buscas no departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa e nas casas e empresas dos dois empresários de Castelo Branco, suspeitos de participarem num esquema de angariação de fundos para estruturas do Partido Socialista.

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