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António Costa quer que jovens se possam realizar plenamente em Portugal

18 dez, 2022 - 15:52 • Lusa

No encerramento do XXIII Congresso da Juventude Socialista, o secretário-geral socialista lembrou que as novas gerações têm um nível de qualificação como o país "nunca teve até hoje".

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O secretário-geral do PS, António Costa, sublinhou hoje, em Braga, a aposta do Governo em políticas para que os jovens se possam realizar plenamente em Portugal, para evitar a fuga de capital humano.

No encerramento do XXIII Congresso da Juventude Socialista (PS), António Costa sublinhou que as novas gerações têm um nível de qualificação como o país "nunca teve até hoje" e que Portugal não pode perder esse capital humano.

"Não podemos perder estes recursos humanos, porque o maior recurso para o nosso desenvolvimento é mesmo este capital humano que vocês [jovens] são e que nós temos de criar as condições para que se possa realizar plenamente aqui, entre nós, em Portugal", referiu.

Para Costa, o trajeto tem de assentar, desde logo, na continuação da aposta nas qualificações, com o combate ao abandono escolar precoce e a democratização do acesso ao ensino superior. Neste capítulo, aludiu ao "maior investimento de sempre" no alojamento estudantil, que vai permitir o aumento de 15.073 para 26.868 camas até ao final da presente legislatura. .

Falou também no investimento de 480 milhões de euros para a remodelação dos centros tecnológicos especializados para melhorar a qualidade do ensino profissionalizante. Para António Costa, o trabalho digno e a habitação acessível são os "dois maiores desafios" que se atualmente se colocam aos jovens, após o seu percurso escolar.

"A agenda do trabalho digno é absolutamente fundamental", referiu, defendendo a necessidade de combate à precariedade e à conciliação da vida profissional e familiar.

Como medidas para ajudar os jovens que procuram o primeiro emprego, destacou o IRS jovem, a aplicar nos primeiros cincos anos de atividade. "Num vencimento de 1.000 euros, os jovens poupam em IRS 89 euros por mês", referiu.

Mudando para a habitação, Costa disse que durante décadas o Estado "desistiu" de uma política pública para o setor, uma realidade que disse que está agora a ser invertida pelo executivo que lidera. Lembrou que no Plano de Recuperação e Resiliência há mais de dois mil milhões de euros para oferta pública de habitação nos próximos anos.

Sublinhou ainda que é preciso assegurar que ninguém deixe de ter filhos por razões económicas. "Não temos uma visão natalista da demografia, mas sim uma visão de liberdade e igualdade", referiu.

A propósito, disse que os portugueses podem agora constituir "a família que quiserem", independentemente do sexo dos cônjuges. "Amem-se como quiserem", disse.

O XXIII Congresso da JS marcou a reeleição de Miguel Costa Matos, cvandidato único, como presidente, com 195 votos a favor, 33 brancos e 10 nulos.

Comentários
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  • Petervlg
    20 dez, 2022 Trofa 09:10
    É caricato ouvir o Sr. Primeiro Ministro. Um governo que nem os médicos consegue manter no SNS, vem a publico pedir para reter os jovens talentos em Portugal. Só se for para pagarem mais e mais impostos, para sustentar este políticos incompetentes.
  • Cidadao
    18 dez, 2022 Lisboa 22:27
    Para isso é preciso uma economia assente em valor acrescentado, inovação reindustrialização do País, tudo evidentemente acompanhado de grandes melhorias salariais, planos de carreira com progressões e cursos de atualização. Nada a ver com o atual modelo económico de baixos salários, aposta quase total no Turismo e toalhinha no braço a salário mínimo. O PS, partido da retórica, das taxas e taxinhas e das esmolas assistencialistas é o último dos últimos, a ser capaz de fazer isso. Só se safa por não haver na Oposição, líderes com as capacidades de Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa, Freitas do Amaral, e outros gigantes de outras eras. Agora o que temos é Montenegros, Cotrins e Venturas... Uns são franco-atiradores e outros não sabem construir.

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