Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Câmara de Caminha vai rescindir contrato polémico de Centro de Exposições

16 nov, 2022 - 15:59 • Ricardo Vieira

Autarquia vai exigir a devolução dos 300 mil euros adiantados ao empresário Ricardo Moutinho.

A+ / A-

A Câmara de Caminha aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, a rescisão do contrato promessa do polémico projeto do Centro de Exposições Transfronteiriço, avançou a SIC Notícias.

A autarquia alega incumprimento por parte do promotor e exige a devolução dos 300 mil euros adiantados ao empresário Ricardo Moutinho.

O projeto está no centro de uma polémica que envolve Miguel Alves, antigo autarca de Caminha e ex-secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro.

Quando era presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves adiantou 300 mil euros ao promotor do Centro de Exposições Transfronteiriço, que nunca chegou a ser construído.

A integração na ordem de trabalhos da reunião camarária de hoje do ponto relativo à autorização para que o presidente da Câmara inicie “os procedimentos tendentes” à resolução do contrato-promessa celebrado em 2020 foi proposta pelo autarca socialista Rui Lajes e gerou a indignação da coligação “O Concelho em Primeiro” (PSD/CDS-PP/Aliança/PPM), que se queixou por ter sido surpreendida com o assunto, indica a agência Lusa.

Alegando desconhecerem a proposta, os três vereadores pediram um intervalo de 15 minutos para analisar o documento que será submetido, na terça-feira, à Assembleia Municipal e com o qual foram confrontados no início da reunião camarária.

Após a reflexão, os vereadores da coligação “O Concelho em Primeiro” aprovaram a integração do ponto na ordem de trabalhos que, após ter sido formalmente apresentado ao executivo municipal, foi aprovado por unanimidade.

O acordo foi celebrado quando Miguel Alves era presidente da Câmara de Caminha.

Miguel Alves deixou a autarquia em setembro deste ano para integrar o Governo, onde assumiu a pasta de secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, António Costa.

Acabou por se demitir este mês após ter sido formalmente acusado pelo Ministério Público, por prevaricação, no âmbito da Operação Teia.

Saiba Mais
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+