10 out, 2022 - 17:05 • Rosário Silva com redação
Um Orçamento “com muitas promessas”, mas “com poucas novidades”. É a reação do PSD à proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE 2023), que o Governo entregou esta segunda-feira na Assembleia da República.
Para Joaquim Miranda Sarmento, líder da bancada parlamentar do PSD, a proposta do Governo segue a linha dos últimos orçamentos apresentados pelo Governo, sem dar prioridade ao crescimento económico.
"É um Orçamento do Estado com poucas novidades, em linha com os últimos sete deste Governo, mantém uma política económica que não traz crescimento para Portugal, as perspetivas de crescimento para o próximo ano são desanimadoras", indicou Miranda Sarmento aos jornalistas, junto às margens do Alqueva.
O social-democrata prevê que "Portugal vai continuar a divergir dos seus principais concorrentes na União Europeia" e que "o empobrecimento que tem existido nos últimos anos" vai continuar.
"É um Orçamento com muitas promessas, como aliás também é timbre dos orçamentos do Partido Socialista, é um Orçamento com muitas promessas, muitas medidas, muitos programas, mas depois vemos que a execução fica muito aquém das promessas."
Se o OE 2023 fosse preparado pelo PSD, estaria centrado na competitividade económica, indica o líder da bancada parlamentar do PSD.
"Se o PSD estivesse a construir o Orçamento, faria um Orçamento virado para a competitividade da economica, para a produtividade, um Orçamento que trouxesse mais crescimento económico, porque sem crescimento económico e sem criação de riqueza não é possível pagar melhores salários, nem receita fiscal para melhorar os serviços públicos sem esta voracidade fiscal a que os portugueses estão sujeitos."
Já esta manhã, o presidente do PSD, Luís Montenegro, disse esperar “pouco” da proposta de Orçamento do Estado para 2023, à margem da reunião da comissão política permanente do PSD na vila alentejana de Monsaraz.
Luís Montenegro, que iniciou esta segunda-feira o seu roteiro “Sentir Portugal” por Évora, que o vai levar, durante a semana, aos 14 concelhos do distrito, anteviu “uma bela apresentação do Governo”.
“Teremos belos quadros, teremos um belo ‘powerpoint’, teremos um belo conjunto de intenções, que, aliás, também é aquilo que ontem [domingo] já o senhor primeiro-ministro fez a propósito deste acordo” de concertação social, afirmou.
“Depois, não vamos ter resultados” e “não vamos ter a concretização desses resultados”, acrescentou.