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Ministro da Educação diz que senhores da guerra não leram os livros certos na idade certa

09 out, 2022 - 14:43 • Lusa

Os senhores da guerra não leram os livros certos na idade certa, afirmou hoje o ministro da Educação, João Costa, considerando que a educação e a leitura são armas contra o ódio que as escolas devem usar.

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"Em tempos estranhos, tempos de guerra como aqueles que vivemos, de facto a educação é uma arma extraordinária para prevenir comportamentos de ódio e a guerra", afirmou o ministro em Óbidos, acrescentando ter "a certeza que os senhores da guerra não leram os livros certos na idade certa".

João Costa falava no encerramento do Seminário Internacional de Educação, que decorreu sábado e domingo naquela vila do distrito de Leiria, integrado no Folio - Festival Literário Internacional de Óbidos.

A fechar o encontro que decorreu sob o tema "O Poder da Educação" o ministro reafirmou a vontade de que "a biblioteca esteja no centro das políticas educativas, das políticas de inclusão, políticas de sucesso escolar e políticas relacionadas com todo um currículo estruturado em torno do perfil dos alunos a sair da escolaridade obrigatória".

"Queremos contaminar com o gosto da leitura todos os que passam pela escola", disse, vincando quer ainda que "os portugueses sejam capazes de ler, de inferir, de interpretar, de compreender, de fruir, de sonhar através da literatura".

Numa altura em que "a leitura sofreu uma guerra contra um vírus", o ministro apela agora a que os setores da educação e da cultura integrem "o exército de leitores" capazes de fazer com que aqueles que deixaram se ser leitores (sobretudo os alunos mais novos), voltem a sê-lo.

Para isso, disse, é preciso "olhar com muita serenidade, mas com muita profundidade" para os dados do estudo de diagnóstico que colocam a leitura como uma das competência afetadas pela pandemia, situação que o Governo pretende combater através das medidas do Plano de Recuperação de Aprendizagens, como "a disponibilização das plataformas digitais para deteção de dificuldades concretas de leitura, os diários de escritas, a leitura orientada em sala de aula".

O Seminário, integrado no Folio Educa, contou com a presença de cerca de 150 participantes, na sua maioria professores e técnicos ligados às bibliotecas.

O Folio Educa é um dos capítulos do Folio que decorre em Óbidos até dia 16, com atividades em 24 espaços da vila.

Cerca de 300 autores de dez países participam no festival cuja programação integra 16 exposições, 36 concertos, 14 mesas de autores, 62 apresentações e lançamentos de livros, 16 oficinas, ao que se juntam tertúlias, workshops e masterclasses e sessões de cinema, entre muitas outras iniciativas.

O Festival Literário Internacional de Óbidos teve a sua primeira edição em 2015 e desenvolve-se em seis capítulos: Autores, Educa, Ilustra, Mais, BD e Boémia.

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