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Descida do IRC

Montenegro “solidário” com Costa Silva: “Foi triturado pela máquina socialista”

23 set, 2022 - 00:51 • Tomás Anjinho Chagas

Líder do PSD apoia a descida dos impostos sobre as empresas e condena a “desautorização em público” feita ao Ministro da Economia. Montenegro insiste no “corte dissimulado” das pensões orquestrado por António Costa.

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Com o Governo em guerra aberta e em público, Luís Montenegro foi aos Açores para garantir que está de um dos lados da trincheira: o lado do Ministro da Economia.

Nos últimos dias, António Costa Silva sugeriu a redução do IRC de forma “transversal”, e foi imediatamente desautorizado por vários parceiros de Governo e do PS.

Fernando Medina, Ministro das Finanças veio publicamente garantir que essa medida ainda está a ser negociada. O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, por sua vez, afirmou que “não é adequado” antecipar medidas.

Numa altura em que António Costa Silva parece estar isolado dentro do Governo, o presidente do PSD veio mostrar “solidariedade” para com o ministro da Economia, apesar de “não se conhecerem”.

“Eu quero dar-lhe daqui uma palavra de solidariedade”, disparou Montenegro, com palavras que foram recebidas com risos da plateia. Mas o líder social-democrata apressou-se em mostrar que não se trata de uma brincadeira.

“Solidariedade na substância, porque nós concordamos com ele na necessidade de baixar a carga fiscal sobre as empresas. E solidariedade na forma, porque sendo ele uma personalidade independente que aceitou ir para um Governo, ainda por cima monocolor e de maioria absoluta, estar a ser triturado pela máquina socialista, merece uma palavra de solidariedade. Isto não é bonito”, condena Montenegro.

O presidente do PSD diz que “é solidário” com Costa Silva, sem “cinismos”. E dispara aos restantes membros de um Governo que considera estar “em roda livre” e constantemente “à pancada”.

Insistência no “corte das pensões”

Tem sido uma constante desde que António Costa anunciou o pacote de medidas de combate aos efeitos da inflação. O líder do PSD insiste que o primeiro-Ministro “dissimulou um corte de mil milhões no sistema de pensões”.

Luís Montenegro insiste que os socialistas “podem utilizar o jogo de palavras que quiserem”, mas não podem negar que o que foi anunciado pelo executivo se trata num corte no sistema da Segurança Social.

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