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Jornadas Parlamentares do PS

Taxar lucros extraordinários? Deputados do PS "não eliminam opção", mas "há outras formas"

12 set, 2022 - 13:17 • Tomás Anjinho Chagas

O líder parlamentar do PS acredita que o Governo já está a tomar medidas que "esmagam" os lucros das empresas de gás e eletricidade, mas não fecha a porta a medidas mais ambiciosas para o próximo Orçamento do Estado.

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Numa visita esta manhã a uma empresa de moldes em Leiria, Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar não excluiu a hipótese de taxar os lucros extraordinários das empresas.

A discussão em torno do "windfall tax" voltou à baila na semana passada, quando Carlos César, presidente do PS, voltou a sugerir taxar os "lucros fabulosos com a desgraça dos outros". Essa opção foi também apoiada pelo eurodeputado socialista Pedro Marques, na Academia do PS, também na semana que passou.

Este imposto prevê cobrar taxas maiores às empresas que estão a ter lucros acima do normal por causa da crise provocada pela guerra na Ucrânia, que fez disparar os preços da energia. É uma medida que vai agora começar a ser aplicada pela Alemanha, por exemplo, segundo o chanceler Olaf Scholtz.

Agora, questionado sobre o tema, o líder da bancada parlamentar do PS afirma que o Governo já está a tomar medidas que "esmagam" os lucros das empresas de eletricidade e do gás. No entanto, não fecha a porta a políticas mais agressivas.

"Nós não eliminamos nenhuma solução. Não é isso que estou a dizer, não estou sequer a dizer que qualquer solução fiscal não deve ser aplicada. Estou a dizer que no caso da energia, já há medidas para eliminar lucros abusivos", explica Eurico Brilhante Dias.

Ainda assim, o líder da bancada socialista considera que a solução possa ser "o mais concertada possível no quadro da União Europeia". Diz Eurico Brilhante Dias que devem agir todos em harmonia para "não criar uma desvantagem para Portugal".

"A reflexão está em curso", explica o presidente do Grupo Parlamentar do PS, concluindo que, a existir, essa será uma medida para ser englobada no Orçamento do Estado do próximo ano, que "é sempre o momento de esperar novidades fiscais".

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