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Novo ministro da Saúde “não garante qualquer mudança”, critica oposição

09 set, 2022 - 18:22 • Lusa

Manuel Pizarro vai tomar posse no sábado, às 18h00, anunciou esta sexta-feira a Presidência da República. O antigo secretário de Estado vai substituir Marta Temido.

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A oposição parlamentar defende que a escolha de Manuel Pizarro para ministro da Saúde “não garante qualquer mudança” nas políticas do setor.

Sucessor de Marta Temido, Manuel Pizarro vai tomar posse no sábado, às 18h00, anunciou esta sexta-feira a Presidência da República.

PSD. Costa "cada vez mais limitado”

O PSD considera que a escolha de Manuel Pizarro para ministro da Saúde demonstra que o primeiro-ministro “está cada vez mais limitado” ao aparelho socialista, e criticou a indisponibilidade de António Costa para mudar de política para o SNS.

“Aquilo que preocupa o PSD são as afirmações do primeiro-ministro, António Costa, aquando da demissão da ministra Marta Temido, quando afirmou que, independentemente de quem viesse a ser o próximo ministro, que não estaria disponível para mudar de política, de rumo para o SNS”, criticou o deputado do PSD Ricardo Baptista Leite.

Para o social-democrata, o primeiro-ministro socialista “tem de reconhecer que as políticas públicas da saúde falharam e que é preciso mudar de rumo”.

“A escolha de Manuel Pizarro demonstra que António Costa, enquanto primeiro-ministro, está cada vez mais limitado àquilo que é o aparelho socialista”, defendeu.

Bloco de Esquerda. “Nada muda com a mesma política”

Na leitura da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, a escolha de Manuel Pizarro “não garante qualquer mudança”, salientando que “nada muda com a mesma política”.

Numa publicação na sua conta pessoal na rede social ‘Twitter’, a líder do BE sublinha que “a degradação do SNS [Serviço Nacional de Saúde] levou à demissão da anterior ministra”, Marta Temido.

“A escolha do novo ministro não garante qualquer mudança. Salvar o SNS exige fixação de profissionais, mais investimento e menos vetos de gaveta. Nada muda com a mesma política”, acrescentou.


PCP. Resolver o “subfinanciamento crónico”

O PCP considera que mais importante do que a escolha de Manuel Pizarro para ministro da Saúde é aquilo que vai fazer naquela área e apontou como prioridade acabar com “subfinanciamento crónico” do SNS.

Contactado pela Lusa, o deputado comunista João Dias disse que “mais importante do saber quem vem, importa saber o que vem com estes novos responsáveis do Ministério da Saúde”.

O dirigente comunista acrescentou que até hoje o Governo socialista demonstrou que “não quer fazer aquilo que é necessário” para que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegure a resposta necessária à população.

IL. Costa "está contente" com rumo do SNS

Para a Iniciativa Liberal (IL), a escolha de Manuel Pizarro significa que o primeiro-ministro “está contente” com a situação da saúde e que “cabe sempre mais um fiel do aparelho do PS” no Governo.

Num vídeo enviado às redações, a deputada Joana Cordeiro afirmou que a nomeação de Manuel Pizarro para suceder a Marta Temido no Ministério da Saúde “é uma má notícia para todos os portugueses que não têm alternativa ao SNS quando mais precisam de cuidados de saúde”.

Na opinião de Joana Cordeiro, “António Costa será sempre o principal responsável pelo estado calamitoso do SNS” enquanto “não reconhecer os efeitos catastróficos da sua política e não reformar o sistema de saúde como um todo no sentido da concorrência entre prestadores e da liberdade de escolha das pessoas”.

PAN não quer "ministro de papel"

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, espera que o novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, resolva os problemas do Serviço Nacional de Saúde e não seja "apenas um ministro no papel".

"Esperamos que, se aceitou esta responsabilidade, possa efetivamente implementar políticas que resolvam os problemas estruturais de saúde em Portugal, e não que seja apenas um ministro no papel", considera a líder e deputada única do partido Pessoas-Animais-Natureza.

Numa divulgada à comunicação social, Inês Sousa Real refere que a "expectativa era a de alguém que viesse do ativo dos profissionais de saúde", considerando que, "não obstante, Manuel Pizarro tem obrigação de conhecer o contexto das necessidades estruturais de uma política de saúde preventiva e de proximidade".

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