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Estudo Qmetrics

Grande maioria dos portugueses quer mais investimento do Estado em Cultura

13 jul, 2022 - 10:57 • Lusa

Estudo elaborado para a plataforma Gerador indica que 75% dos portugueses defendem mais investimento no setor, um número que sobe para quase 82% entre os inquiridos com nível de escolaridade superior.

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A grande maioria dos portugueses (75%) considera que o Estado deveria investir mais em Cultura, de acordo com os resultados de um estudo da consultora Qmetrics, realizado para a plataforma Gerador, divulgado terça-feira.

No caso dos inquiridos com nível de escolaridade superior, essa percentagem chega aos 81,8%, segundo o barómetro anual sobre a percepção da cultura em Portugal, promovido pela plataforma Gerador e divulgado terça-feira no festival e fórum de discussão Oeiras Ignição Gerador, a decorrer até quarta-feira no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, e área circundante, em Carnaxide, Oeiras.

Embora tenha decrescido dez pontos percentuais em relação ao ano passado (85%), a percentagem de portugueses que considera que o Estado deveria investir mais em Cultura mantém-se bastante elevada.

O estudo, realizado pela consultora Qmetrics para a plataforma independente de jornalismo, cultura e educação Gerador, foi feito com uma amostra de 1200 pessoas, a partir dos 15 anos, de Portugal continental e ilhas, desenhada de forma a respeitar as características da população.

As entrevistas ocorreram entre 22 de março e 19 de abril.

Os resultados do inquérito demonstram também que “a cultura está solidamente presente na vida dos portugueses”, tendo em conta que 67,5% dos inquiridos afirmaram que está muito presente nas suas vidas e 100% consumiram alguma forma de cultura no último ano.

Este ano, pela primeira vez, é estabelecida no relatório uma nova forma de avaliar o consumo cultural, diferenciando entre consumidores proactivos e os reactivos. Os consumidores proactivos (43% dos inquiridos) são aqueles que “se deslocam para usufruir de uma actividade cultural e/ou participar numa iniciativa cultural que tem um custo de acesso habitual”.

Já os consumidores reactivos (57% dos inquiridos) são os que “participam em práticas culturais que, simultaneamente, não necessitam de deslocação, nem obrigam ao pagamento de um custo de acesso”.

Por áreas culturais, no último ano, 94,8% dos inquiridos viram algum filme. Quando questionados sobre os locais onde preferem ver cinema, 70,5% dos inquiridos disseram televisão, 62,4% cinema e 26,5% internet. A maioria dos inquiridos (55,3%) disse que paga mensalmente por algum serviço de streaming ou por canais adicionais na sua televisão.

Quanto ao consumo de espectáculos de teatro, no último ano, 36,1% viram uma peça, seja ao vivo, na televisão ou através da internet, e mais de 20% dos inquiridos disse que não vê mais teatro por preferir outro tipo de conteúdo.

No que diz respeito à literatura, no último ano, dos inquiridos, 66,6% leram pelo menos um livro. “Os portugueses continuam a ter preferência por livros em papel (95%), mas os livros digitais têm tendência para vir a crescer”, lê-se no estudo, indicando que cerca de 20% dos inquiridos lê obras literárias em formato digital. A falta de tempo é a principal razão indicada pelos inquiridos para não lerem mais livros.

Quase metade da população (48,3%) disse ter assistido a um concerto no último ano, o que inclui presencialmente, através da internet, da televisão ou redes sociais. Em termos de hábitos de consumo de música, 94,6% dos inquiridos disse que ouve música habitualmente, quando está em casa, no trabalho ou em deslocação. Apenas 17% dos residentes em Portugal paga mensalmente por um serviço de streaming de música.

Em 2022, a percentagem de pessoas que afirma ter visitado um museu, exposição ou património foi consideravelmente mais alta do que em 2021, passando de 28% para 43%.

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