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Marcelo insiste que posição de Montenegro sobre descentraização quebra consenso com PS

06 jul, 2022 - 22:41 • Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que "quanto mais tarde demorar a concretização da descentralização, mais tarde ficará a concretização de um processo regionalizador".

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O Presidente da República insistiu que a posição do presidente do PSD, Luís Montenegro, em relação à descentralização "quebra um consenso" que havia com o PS e disse que é preciso esperar para "ver quais são as consequências".

"A mudança de posição do PSD (...) é um dado novo que quebra um consenso para uma regionalização a curto prazo entre o PS e o PSD. Verifiquei isso, vamos ver quais são as consequências", disse Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pelos jornalistas sobre a posição de Luís Montenegro em relação à descentralização.

No domingo, em São Paulo (Brasil), o Presidente da República tinha considerado que a descentralização seria muito difícil de concretizar face à posição do novo líder social-democrata, que é contra a realização de um referendo em 2024.

O chefe de Estado disse que interpretou as palavras de Montenegro como uma preocupação com a possível data para um referendo.

"Como em 2024 temos eleições em maio, que são as eleições europeias, o referendo em Portugal não pode coincidir -- noutros países pode - com eleições, teria de ser, muito provavelmente antes, e o prazo está a encurtar. Interpretei as palavras do presidente do PSD como sendo preocupadas com esse encurtamento, embora ele acrescente outro argumento, que tem que ver com a guerra, os custos da guerra, a situação económico-financeira", sustentou.

Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que "quanto mais tarde demorar a concretização da descentralização, mais tarde ficará a concretização de um processo regionalizador".

Marcelo Rebelo de Sousa foi interpelado pelos jornalistas sobre se tinha conversado com Pedro Nuno Santos depois da polémica da última semana que envolveu um despacho sobre a localização do aeroporto que vai substituir o Humberto Delgado, mas que foi, entretanto, desautorizado pelo primeiro-ministro.

"A que título é que eu agora devo estar a intervir nessa matéria?", respondeu o Presidente da República, à margem de uma cerimónia de entrega de prémios, em Lisboa.

E acrescentou: "Eu espero é ter em audiência o primeiro-ministro agora e veremos sobre o que é que falaremos nessa audiência".

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