Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Bienal do Livro de São Paulo

Marcelo diz que Portugal está na moda. "Nunca tive tantas selfies com brasileiros"

04 jul, 2022 - 19:38 • Maria João Costa, enviada especial ao Brasil

Presidente da República garante que não leva amargos de boca na hora da partida do Brasil. Mesmo depois do incidente a que Marcelo recusa chamar diplomático, com o desconvite de Bolsonaro, o Chefe do Estado português considera que transformou as adversidades a seu favor.

A+ / A-

Os crentes costumam dizer que “Deus escreve direito por linhas tortas”, lembra Marcelo Rebelo de Sousa na hora da partida do Brasil para Portugal. No balanço da viagem marcada pelo desconvite de Bolsonaro, o presidente da República diz que neste caso “de uma linha tortinha escreveu direito”.

Depois de visitar a exposição da artista portuguesa Gabriela Albergaria no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “há uma moda de Portugal no Brasil”.

“Já não é o Portugal do passado”, aponta o presidente que ficou espantado com a “quantidade de brasileiros a dizer que querem ir morar para Portugal”. Muitos brasileiros, considera Marcelo, veem “Portugal de forma diferente”.

Na hora da partida e questionado se não leva “amargos de boca”, depois do episódio de Bolsonaro que cancelou – não de forma oficial – o encontro com Marcelo, devido à reunião que o presidente manteve com o ex-presidente brasileiro Lula da Silva, o chefe de Estado afirma categoricamente que “francamente não”.

“Aquilo que poderia ser um amargo de boca, foi uma coisa muito doce numa perspetiva de médio e longo prazo. Falou-se mais de Portugal”. Como se as fotografias medissem o sucesso da viagem, Marcelo constata: “nunca tive tantas selfies com brasileiros”.

O presidente conclui que “Portugal marcou e foi um bom investimento”, esta vinda ao Brasil. “Medimos a temperatura em relação ao Brasil, está imparável do ponto de vista de juventude, na económica há uma esperança, embora estejam preocupados com a inflação”, reflete o presidente.

Declarações do presidente depois de visitar a exposição “Para onde agora? Where to now? Aller oú maintenant?” de Gabriela Albergaria, uma mostra onde o presidente foi acompanhado de forma discreta pela família. Além do seu filho, esteve também na exposição a neta, Maria Eduarda de 9 anos que disse à Renascença que, quando crescer, quer ser pintora e lamentou não ter consigo falar com o avô durante a visita à exposição.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+