Tempo
|
A+ / A-

PCP quer país a “produzir mais” e pede “coragem política” ao Governo

28 jun, 2022 - 15:33 • Rosário Silva

As jornadas parlamentares do PCP terminam esta terça-feira.

A+ / A-

O Partido Comunista Português quer colocar “Portugal a produzir mais”, para defender a segurança alimentar do país, atualmente “em risco” com a crise internacional que se vive.

No ultimo dia das jornadas parlamentares, a percorrer quilómetros pela Península de Setúbal, os comunistas, entre outros encontros, almoçaram com agricultores da região que testemunharam a situação de quase desespero que se vive no setor, muito por causa do aumento dos custos de produção.

À Renascença, o deputado Bruno Dias acentuou a ideia de que é urgente promover e valorizar a produção nacional, dada a necessidade de reduzir a dependência externa do país, relativamente a bens essenciais.

“Estamos a falar de bens essenciais e da necessidade de garantir a soberania alimentar, para que o nosso país não fique completamente dependente de países estrangeiros para abastecer, por exemplo, os cereais e cuja dependência é alarmante”, sublinha o deputado.

“Precisamos de desenvolver a produção de cereais no nosso país, compensando os produtores devidamente, criando condições ao nível técnico e até cientifico, para que o Estado seja um apoio e não esteja nesta lógica do vamos lá comprar onde for mais barato”, afirma.

O deputado comunista lembra a crise internacional que “estamos a atravessar”, para dizer que “há quem se esteja a aproveitar muito e a ganhar muito dinheiro com a guerra e com as sanções, impondo preços exorbitantes”, o que “não pode continuar a acontecer”.

A “jogar” em casa, eleito pelo circulo eleitoral de Setúbal, Bruno Dias afiança que “há um conjunto de politicas que têm de ser revertidas”, por isso, pede ao Governo, “coragem política” para defender a segurança alimentar do país, uma vez que, até agora, as medidas implementadas são, manifestamente, insuficientes.

“As medidas que o Governo tem aplicado são quase simbólicas, nalguns casos, e os produtores agrícolas e da pecuária dizem que estão muito aquém de responder aos problemas”, menciona

Bruno Dias defende “o “controlo dos preços e garantindo o abastecimento relativamente aos custos de produção, para que haja sustentabilidade”.

Por outro lado, o PCP pede ao Governo que “assuma uma postura de coragem politica, para enfrentar os grandes interesses económicos para que os produtores nacionais, a agricultura familiar e a nossa soberania alimentar, sejam defendidas”.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • ze
    28 jun, 2022 aldeia 17:03
    Desde o 25 de Abril de 1974,com as ocupações dos terrenos,quintas,herdades que produziam e até exportavam,agora passados tantos anos é que chegou a esta conclusão? PCP quer país a “produzir mais”

Destaques V+