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Crise nas urgências. Ricardo Rio vê "responsabilidades partilhadas" entre Governo e sindicatos

14 jun, 2022 - 22:46 • Sérgio Costa , com Redação

O autarca social-democrata aponta, ainda, que "ao longo dos últimos anos, tem havido uma escalada do número de profissionais exigíveis para a garantira de funcionamento dos serviços, o que vai levando à exaustão das horas disponíveis dos profissionais".

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Entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, sobre a crise nas urgências
Entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, sobre a crise nas urgências

O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, considera que há "responsabilidades partilhadas" entre Governo e os orgãos representativos dos profissionais de saúde pela crise que se vive, atualmente, na crise das urgências.

"Tem existido um subfinanciamento do SNS, por parte do Ministério da Saúde, o que o tornou menos atrativo para bastantes médicos. Também não deixo de exortar as estruturas representativas, como os sindicatos e a própria Ordem dos Médicos, para tentarem mitigar os impactos sobre os cuidados de saúde", afirma, à Renascença.

"Têm legítimas reinvindicações, mas que, obviamente, têm de ser validadas pela necessidade de salvaguarda do funcionamento dos serviços", acrescenta.

O autarca social-democrata aponta, ainda, que "ao longo dos últimos anos, tem havido uma escalada do número de profissionais exigíveis para a garantira de funcionamento dos serviços, o que vai levando à exaustão das horas disponíveis dos profissionais".

E Ricardo Rio pede também que deve ser "clarificado a razoabilidade desses mesmos rácios".

"Todos gostaríamos de ter um sistema ideal, onde houvesse um máximo de profissionais disponíveis em permanência, mas, na realidade, talvez isso tenha de ser ajustado", diz.

O presidente da Câmara Municipal de Braga critica a "incapacidade de decisão" do Governo para abrir mais vagas para médicos no SNS, mas também aponta o dedo "a uma pressão corporativa para que tal não aconteça".

O autarca acredita que situação do Hospital de Braga "piorou", por força do "enquadramento formal em que baliza a sua atuação", face à altura em que era gerido em modelo de parceria pública-privada, mas reitera que "não é o fator exclusivo", referindo os restantes problemas já discutidos.

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