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Rio e Montenegro discutem eutanásia

PSD dá "liberdade de voto completa", mesmo em relação ao projeto de referendo do Chega

02 jun, 2022 - 19:54 • Susana Madureira Martins

O líder cessante do PSD e o presidente recém eleito reuniram-se esta quinta-feira na sede do partido para discutir "preparar a transição" e "a parte logística" para "fazer isto bem feito". Rui Rio e Luís Montenegro discutiram o que a bancada vai fazer na votação dos projectos de despenalização da eutanásia na próxima semana e será dada "liberdade de voto completa".

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A meio da tarde desta quinta-feira o PSD deu conta que Rui Rio e Luís Montenegro se encontraram na sede do PSD, houve direito a foto e tudo com ambos sentados em sofás separados e um dos temas de conversa "para preparar a transição" da liderança do partido foi o posicionamento do grupo parlamentar em relação aos projetos relacionados coma eutanásia e que serão discutidos na próxima semana.

Para os deputados do PSD não fica dúvida absolutamente nenhuma: quer em relação às quatro iniciativas que preveem a despenalização da eutanásia - do Bloco de Esquerda, PS, PAN e Iniciativa Liberal - quer em relação ao texto do Chega que propõe a realização de um referendo há "liberdade de voto completa, cada um vota como entender", despachou Rui Rio aos jornalistas no Parlamento.

A dúvida era precisamente o posicionamento da bancada em relação à proposta de referendo do partido liderado por André Ventura e essa terá ficado desfeita no encontro entre Rio e Montenegro, com o líder cessante a referir que mesmo em relação a esta "é de repetir o que aquilo que foi feito há um ano atrás", ou seja, em 2020 quando os deputados do PSD tiveram também liberdade de voto face a uma iniciativa semelhante.

Paulo Mota Pinto fica até julho: "Não quero alterar nada", avisa Rio

Quanto a alterações no partido e na liderança parlamentar, Rio avisa que "é responsável até até ao dia 2 ou 3 de julho e não quero alterar nada". Fica o aviso à navegação e aos montenegristas. Até ao Congresso do Coliseu no Porto entre 1 e 3 de julho a direção da bancada fica como está e com Paulo Mota Pinto como líder.

Rio admitiu que falou com Luís Montenegro porque "há que preparar a transição", discutiram a "situação política do partido" e a parte logística, referindo que "vamos fazer isto bem feito". Quanto a alterações nos órgãos do partido ficou muito claro: "sou líder até ao dia 2 ou 3 de julho".

A partir de 3 de julho "não é nada comigo" e sobre isso "não é conversável comigo". Ou seja, sobre isso Rio não terá conversado com Montenegro, porque "da minha conta é o que acontece até lá", resume o líder cessante do PSD.

Assim Rio não irá mexer uma palha "seja na bancada, seja no que for", avisando que naquilo que for da sua "responsabilidade também mal fora" se "ia induzir uma alteração numa coisa desses quinze dias ou três semanas" de deixar a liderança do partido, concluindo com um "acho que não, não fazia sentido".

Quanto ao seu próprio futuro, Rio diz que irá manter-se como deputado até às férias parlamentares e tenciona abandonar a Assembleia da República "em setembro, mesmo quando começar".

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