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Costa na Alemanha. É "muito bom" ver reforço da cooperação em tempo de guerra

30 mai, 2022 - 14:36 • Lusa

Ao lado de Olaf Scholz, primeiro-ministro afirmou que "a transição energética é fundamental para salvarmos o planeta, mas também uma grande oportunidade para fortalecer as nossas economias", sendo a feita de Hannover um "excelente exemplo de como Portugal e a Alemanha podem trabalhar em conjunto".

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O primeiro-ministro defendeu nesta segunda-feira que, num "momento em que a Europa está tão marcada pela guerra", é "muito bom ver como dois países reforçam a paz através das cooperações" e do "fortalecimento das relações económicas".

"Neste momento em que a Europa está tão marcada pela brutalidade da guerra da Rússia contra a Ucrânia, é muito bom ver como dois países reforçam a paz através da cooperação, do fortalecimento das relações económicas e trabalhando em conjunto para termos um planeta mais verde, uma sociedade mais justa e uma indústria mais moderna e mais produtiva", declarou António Costa.

O chefe do executivo falava ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, na feira de Hannover – que escolheu este ano Portugal como país parceiro –, pouco depois de os dois líderes terem terminado uma visita de cerca de uma hora e meia a vários pavilhões e stands do certame.

Costa considerou que, depois de ter visitado vários expositores, "percebe-se como os grandes desafios da transição digital e da transição energética são uma enorme oportunidade para a modernização e o desenvolvimento da indústria".

"Desenvolvimento da indústria que pode criar mais e melhor emprego, mais qualificado, com remunerações mais justas e uma sociedade mais inclusiva. A transição energética é fundamental para salvarmos o planeta, mas é também uma grande oportunidade para fortalecer as nossas economias", sustentou.

O primeiro-ministro considerou que a Hannover Messe"22 é também um "excelente exemplo de como Portugal e a Alemanha podem trabalhar em conjunto, é um excelente exemplo daquilo que 600 empresas alemãs já fazem investindo em Portugal, e milhares de outras comprando produtos em Portugal".

"É sobretudo muito inspirador para o que podemos fazer em conjunto", acrescentou.

Dirigindo-se assim ao chanceler Scholz, Costa agradeceu o "privilégio" de Portugal ter sido escolhido como parceiro da feira de Hannover.

"Estou certo de que, a partir daqui, as nossas relações económicas entre as nossas empresas vão ser cada vez mais fortes, porque não há economia a desenvolver-se sem empresas a modernizarem-se e a ganharem produtividade. É isso que nós queremos, é para isso que estamos a trabalhar, e é isso que vemos que a indústria está a fazer", afirmou. .

Em alemão, o primeiro-ministro acrescentou ainda: "Todos juntos rumo ao futuro".

Scholz impressionado com progressos

Intervindo antes de Costa, Scholz também considerou "deveras impressionante" os "desenvolvimentos e progressos novos" que estão a ser feitos por empresas portuguesas e alemãs, e que testemunhou durante a visita que fez à feira de Hannover com o primeiro-ministro português.

Segundo o chanceler alemão, esses progressos são "muito necessários" para a economia portuguesa e alemã, "mas também para o mundo".

"Estamos a ver que realmente está a acelerar-se o processo rumo à redução de CO2, ao aumento da digitalização, da inteligência artificial e da utilização de hidrogénio para processos industriais que até aqui utilizavam indústrias fósseis. Portanto, é de facto muito bom ver este desenvolvimento que está a arrancar, que está a acelerar cada vez mais, para termos economias neutras em carbono", indicou.

Scholz afirmou que se tratam de "objetivos muito ambiciosos" e disse ver "com bons olhos que já haja tantas pessoas a trabalharem nessas soluções".

"Muito obrigado ao primeiro-ministro António Costa, que está aqui hoje connosco. Vemos também o envolvimento de muitos técnicos e técnicas de Portugal neste desígnio", concluiu.

Com o "slogan" "Portugal faz sentido", a Hannover Messe"22 – considerada a maior feira de indústria do mundo – começou no domingo e termina na quinta-feira, tendo escolhido Portugal como país parceiro para a edição deste ano.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro, 109 empresas portuguesas participam no certame, desenvolvendo "atividades nas áreas de soluções de engenharia, soluções de energia e ecossistemas digitais".

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