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Rio e o novo Governo. Domínio "do aparelho partidário" e escolha polémica" na Cultura

29 mar, 2022 - 15:46 • Manuela Pires com Redação e Lusa

Pedro Adão e Silva "impôs-se na vida pública fundamentalmente através de comentários permanentemente a defender o Governo, como se de um comentador independente se tratasse, e todos nós percebíamos que era um comentador ligado ao PS, o que agora ficou claro".

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O presidente do PSD, Rui Rio, diz que o novo Governo do PS revela "um traço dominante muito forte do aparelho partidário".

"A apreciação sobre o Governo deve ser feita passado algum tempo de estar em funções, mas noto que há um traço dominante muito forte do aparelho partidário naquilo que são as pastas políticas", disse Rio, esta terça-feira, à entrada para o primeiro plenário da XV legislatura.

O presidente do PSD apontou ainda "uma escolha que é polémica": a de Pedro Adão e Silva para a pasta da Cultura.

"Sabemos que se impôs na vida pública fundamentalmente através de comentários permanentemente a defender o Governo, como se de um comentador independente se tratasse, e todos nós percebíamos que era um comentador ligado ao PS, o que agora ficou claro", apontou.

Santos Silva na presidência da AR "tem lógica"

Sobre Augusto Santos Silva, o líder social-democrata destaca que “tem currículo” e condições para ser “um bom” presidente da Assembleia da República, embora tenha recusado dizer se votará favoravelmente o seu nome.

"Tanto pode ser um bom como um mau presidente. À à partida não vamos dizer que é uma escolha sem lógica nenhuma. Claro que tem lógica, claro que tem currículo, portanto tem condições para ser um bom presidente, vamos ver ao longo do tempo”, afirmou.

Questionado se o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros contará com o seu voto, Rio respondeu: “O voto é secreto”.

Era o que faltava estar agora a comentar

Sobre a sua ausência na parte da manhã do plenário, Rio respondeu que teve “afazeres pessoais” que impediram a sua presença.

Voto dos emigrantes: sem arrependimentos

Rio foi ainda questionado sobre se se arrepende dos protestos levantados pelo PSD no âmbito das eleições pelos círculos da emigração, que culminaram na sua repetição no da Europa e na perda de um deputado social-democrata, Rio respondeu negativamente.

"Como é que alguém se pode arrepender de ter pedido o cumprimento da lei? O Tribunal Constitucional - não por ação nossa - veio reafirmar o que dizíamos e que está muito claro no texto da lei, as pessoas têm de se identificar quando votam", salientou.

Rui Rio disse não saber porque é que o PSD acabou por perder um deputado na repetição das eleições, mas considerou que não terá sido essa a razão.

Sobre a candidatura de Luis Montenegro à liderança do PSD, Rio não se pronuncia e diz que vai ficar afastado do processo.

"Não vou fazer qualquer comentário a esse candidato nem a nenhum outro candidato que possa aparecer, como é evidente."

"Vou manter-me afastado disso, como é lógico. Era o que faltava, estar agora a comentar candidatos a meu sucessor", rematou.

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  • Cidadao
    29 mar, 2022 Lisboa 17:42
    A prova que os zombies políticos falam, apareceu hoje, aliás, aparece sempre que o Parolo do Norte abre a boca, depois do "capote" das ultimas Legislativas incluindo a repetição do voto dos emigrantes, onde até conseguiu perder um deputado que tinha ganho antes...

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