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Conselho Nacional do PSD

Rio está em "plenitude de funções" para nomear os nomes do Conselho de Estado

15 mar, 2022 - 01:44 • Susana Madureira Martins

Está aprovada a proposta de calendário para as eleições directas a 28 de maio e congresso em julho no Porto, sendo que a leitura da direção nacional do PSD é que Rui Rio mantém todas as condições para tomar decisões como a escolha do futuro líder parlamentar e dos dois nomes que o partido irá indicar para o Conselho de Estado.

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Não há dúvidas, nem estatutárias, nem políticas. Para Paulo Mota Pinto, presidente da mesa do Conselho Nacional e do Congresso do PSD, Rui Rio "está na plenitude de funções até à eleição do próximo líder", ou seja, pode tomar quaisquer decisões com toda a legitimidade, seja qual seja o ângulo que se quiser usar.

No final do Conselho Nacional de Ovar, que aprovou a data de 28 de maio para as eleições diretas do PSD para a escolha do novo líder e o congresso no Coliseu do Porto a 1 ,2 e 3 de julho, Paulo Mota Pinto esclareceu que Rio pode escolher livremente a liderança parlamentar do partido na próxima legislatura e indicar os dois nomes para o Conselho de Estado.

Para este dirigente nacional, "estatutariamente" não tem a "menor dúvida" disso e "politicamente" a "posição é que sim, também", Rio "está na plenitude de funções até à eleição do sucessor", despachando com um "quem é que haveria de ser senão ele?", rematando ainda com um "é isto".

Mota Pinto, em declarações no final da reunião dos dirigentes nacionais do PSD, que decorreu à porta fechada, garantiu que o assunto "não foi discutido, não houve nenhuma intervenção sobre essa matéria" e que a questão estava apenas a ser levantada pelos jornalistas.

No jogo de palavras que usou na breve conferência de imprensa, Paulo Mota Pinto fez questão de dizer também que na proposta de calendário que foi apresentada pela direção de Rio e aprovada pelo Conselho Nacional apenas constava a antecipação das eleições.

Isto implica que não ha aqui "formalmente" uma "demissão" de Rio como líder do partido, com Mota Pinto a reforçar este ponto: "não há nenhuma demissão formal, não existiu, o que houve foi uma proposta de antecipação das eleições e será eleito o novo presidente no dia 28 de maio de 2022".

Este terá sido mesmo um não-assunto na reunião, segundo o presidente do Conselho Nacional, que garante que "não houve uma discussão estatutária profunda sobre essa matéria, houve várias intervenções", mas "ninguém" terá falado "da necessidade de demissão" de Rui Rio.

Ou melhor, "houve quem entendesse que estava implícita", adianta Mota Pinto, "mas o problema não foi sequer sujeito a votação, nem sujeito a esclarecimento estatutário".

E para arrumar o assunto, o presidente do Conselho Nacional diz que se pode considerar "que a demissão está implícita nesta proposta, a proposta que foi aprovada é uma proposta de antecipação das eleições e foi essa que foi aprovada".

Uma discussão quase de semântica, mas que dá margem para o entendimento de que esta se trata não de uma direção em gestão e oficialmente demissionária, mas na plenitude de funções e que pode tomar decisões com total normalidade.

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