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Ucrânia. Juventudes partidárias avançam com “manifestação nacional”

04 mar, 2022 - 14:40 • Lusa

A iniciativa de solidariedade, que reúne as juventudes partidárias do PS, PSD, CDS-PP, Livre, PAN, IL e PPM ainda não tem data marcada, mas será num “futuro próximo”. De fora ficam, pelo menos para já, PCP, Bloco de Esquerda e Chega.

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Os líderes das juventudes partidárias do PS, PSD, CDS, PAN, e membros do Livre, Iniciativa Liberal e PPM anunciaram esta sexta-feira que vão organizar uma “manifestação a nível nacional” de solidariedade com o povo ucraniano.

À saída de uma reunião com a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, a vice-presidente do Partido Popular Monárquico (PPM) Aline Gallasch-Hall de Beuvink, em representação das juventudes partidárias, anunciou aos jornalistas que a organização vai prosseguir com uma “mobilização para além das questões partidárias e juntar a sociedade civil a nível nacional”.

Depois de, no domingo, terem organizado uma manifestação de apoio à Ucrânia – que juntou cerca de quatro mil pessoas em frente à embaixada da Rússia –, a JS, JSD, JP, Livre, PAN, IL e PPM irão convocar uma “manifestação a nível nacional”, cuja data ainda está por definir, mas será num “futuro próximo”.

“Apelamos a que toda a nossa geração se mobilize, (…) para possamos transmitir um grande sinal de repúdio à invasão, à guerra e de apelo à paz, e de apelo a que consigamos reunir os bens necessários para apear não só quem cá vem e procura asilo em Portugal, mas também quem está nos países de fronteira e na Ucrânia”, afirmou o líder da Juventude Socialista (JS), Miguel Costa Matos.

Ladeada pelos líderes das restantes juventudes partidárias, Aline Gallasch-Hall de Beuvink defendeu que, “a nível político”, deve-se continuar a “lutar pelas conversações diplomáticas” para alcançar a paz na Ucrânia, após a ofensiva militar russa.

A vice-presidente do PPM, que é também cidadã portuguesa de origem ucraniana, apelou ainda a que se continue a “ajuda humanitária”, ressalvando que a embaixadora ucraniana pediu que esta se faça através dos “canais de associações” com que a embaixada está a cooperar e que constam na sua página de Facebook.

“A senhora embaixadora mostrou-nos a sua admiração pelo povo português e pela onda de solidariedade que se está a sentir em Portugal. Isto realmente foi manifestado pela senhora embaixadora até com lágrimas nos olhos, foi emocionante ver isto”, afirmou Gallasch-Hall de Beuvink.

Numa reunião em que não marcaram presença representantes do PCP, Bloco de Esquerda ou Chega, Miguel Costa Matos afirmou que não receberam “qualquer contacto no sentido de essas organizações quererem-se juntar a este grupo e a esta reunião”.

“Naturalmente que toda a sociedade civil deve pôr de parte as diferenças políticas no sentido de se unir em prol da paz. Este é o mesmo grupo que organizou a manifestação de domingo e que cá estará para continuar com mais ações”, frisou.

Questionado pelos jornalistas se os partidos em questão foram avisados da reunião com a embaixadora ucraniana, o líder da JS reiterou que foi o grupo que organizou a manifestação de domingo que pediu o encontro, sendo o mesmo grupo que irá continuar a “desenvolver estas iniciativas”.

“De futuro, se esses partidos quiserem juntar-se a este grupo, terão naturalmente que comunicar connosco a vontade de aderirem a este grupo”, indicou.

Além de Aline Gallasch-Hall de Beuvnik e de Miguel Costa Matos, participaram na reunião com Inna Ohnivets o líder da Juventude Social-Democrata (JSD), Alexandre Poço, o líder da Juventude Popular, Francisco Camacho, o membro da comissão executiva da Iniciativa Liberal Pedro Schuller, a dirigente do Livre Safaa Dib e, pelo PAN, Sofia Carvalho.

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