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Guerra na Ucrânia

Rui Rio defende que sanções contra a Rússia "devem ir mais longe"

27 fev, 2022 - 15:43 • Lusa

O líder do PSD defende que o bloqueio da Rússia do sistema Swift é uma "medida violenta", mas que se deve "ir ainda mais longe".

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O líder do PSD, Rui Rio, defendeu hoje que o bloqueio da Rússia do sistema Swift é uma "medida violenta", mas que se deve "ir ainda mais longe", defendendo os impactos negativos sobre a Europa e o resto do Mundo.

"Esta decisão bloqueia em larga medida todas as transações que a Rússia possa fazer de importação e exportação de bens e serviços, portanto é violenta. Mas, na minha opinião, se se puder ir mais longe, ainda se deve ir mais longe, sempre com o cuidado de nós, do lado de cá, nos defendermos dos efeitos negativos que isso tem para o resto do mundo. Uma vez consolidado isso, devemos ser implacáveis", disse Rui Rio aos jornalistas em Paris.

O presidente do PSD, que está em Paris para encontros com a comunidade portuguesa no âmbito da repetição das eleições no círculo eleitoral da Europa, considerou que se deve bloquear a economia russa, já que uma intervenção militar na Rússia seria "absolutamente desastrosa".

"Tenho vindo a dizer desde o primeiro minuto: é absolutamente vital que a Europa e os demais países do mundo encontrem formas de bloquear a economia russa porque, naturalmente, não se defende uma intervenção militar contra a Rússia, o que seria absolutamente desastroso. A forma como nós temos de agir, é bloquear a economia", defendeu.

A União Europeia, os Estados Unidos da América e o Reino Unido acordaram no sábado bloquear o sistema internacional de comunicações bancárias Swift a alguns bancos russos como retaliação à invasão da Ucrânia.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram cerca de 200 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

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