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Rui Rio: “UE deve medir consequências antes de avançar com mais sanções contra Rússia”

26 fev, 2022 - 17:39 • Lusa

Rio quer que a UE estude as medidas "mais estranguladoras do desenvolvimento" da Rússia, mas, ao mesmo tempo, que seja definida uma estratégia para reduzir o impacto negativo previsto, em particular na economia alemã, porque é o "motor da economia europeia".

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O Presidente do PSD, Rui Rio, considerou que se devem medir as consequências para a economia europeia antes de se partir para um terceiro pacote de sanções "brutal" para a Rússia pela invasão militar da ucrânia.

Após dois pacotes de sanções anunciados na semana passada de congelamento de bens a instituições financeiras e personalidades próximas do regime do presidente russo, Vladimir Putin, Rio deseja um "terceiro nível de sanções (...) que seja brutal, prejudicando de uma forma decisiva a economia russa e o desenvolvimento da própria Rússia", mas ressalva que "não pode ser feito de imediato porque têm de ser estudados os efeitos que essas sanções mais pesadas têm sobre toda a economia europeia".

A expulsão da Rússia do sistema de pagamentos bancários SWIFT ou o fim da importação de gás e petróleo da Rússia são duas das medidas que têm vindo a ser discutidas nos últimos dias, embora ainda sem consenso na União Europeia (UE). .

Rio quer que a UE estude as medidas "mais estranguladoras do desenvolvimento" da Rússia, mas, ao mesmo tempo, que seja definida uma estratégia para reduzir o impacto negativo previsto, em particular na economia alemã, porque é o "motor da economia europeia".

"Podemos estar a rebentar, se me permite o termo, a destruir bastante da economia russa - temos de estar preparados porque isso também é pesado para nós. Mas temos de medir exatamente o que é que isso significa. E, se as decidirmos tomar, também ao mesmo tempo preparar aquilo que possam ser as contra medidas ou o antídoto que possamos arranjar para proteger a economia europeia", vincou.

Rio insistiu também que qualquer iniciativa de Portugal relativamente a este conflito deve ser feita no âmbito da UE, nomeadamente no acolhimento de refugiados, e enfatizou a importância das alianças internacionais e instituições multilaterais. .

"Nada como uma situação destas para que também a população entenda a importância de uma associação militar como a NATO", referiu.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

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  • Corram com este tipo
    26 fev, 2022 PSD 22:33
    Apesar das sucessivas derrotas e de até ter perdido deputados em relação à última Eleição, está visto que o Parolo do Norte está agarrado ao lugar e afinal vai adiando sucessivamente a saída que ele próprio prometeu fazer. O PSD tem de fazer Rui Rio sair de imediato, e iniciar a tarefa que o seu eleitorado espera: uma oposição visível e eficaz. Rui Rio não vai fazer isso, pois a ideia dele de oposição é "não fazer ondas", foi o que se viu em 4 anos de pseudo-oposição. E já agora, é mais que altura de os ditos candidatos deixarem de lado as hesitações e posições dúbias e assumirem-se como candidatos.
  • Maria Oliveira
    26 fev, 2022 Lisboa 20:57
    Dr. Rui Rio: a única coisa que se deve "medir" é o sofrimento da população ucraniana, a morte e a destruição que ali está a ser causada. Se para impôr à Rússia sanções draconianas, nós e outros europeus tivermos de passar mal, assim seja. Não será tão mau quanto o que está acontecer na Ucrânia. Guarde este tipo de comentários porque só demonstram a sua pequenez.

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