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Rodrigues dos Santos carrega na oposição interna

CDS não pode ser "salão de beleza" de "egoístas que se comportam como donos do partido"

11 fev, 2022 - 20:55 • Manuela Pires

Presidente do CDS, que anunciou a sua demissão na noite eleitoral, já disse que não se recandidatará. Nuno Melo deverá anunciar candidatura na próxima semana com a missão de "resgatar o CDS para a democracia".

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Nuno Melo deverá anunciar a candidatura à liderança do CDS na próxima semana.

"A minha vontade é ser candidato", disse o eurodeputado aos jornalistas à chegada à sede do partido, sublinhando, contudo que ainda há tempo para "resgatar o CDS para nossa democracia".

Acompanhado pela ex-deputada Cecília Meireles, antes de subir para a reunião do Conselho Nacional centrista, Nuno Melo foi aplaudido no momento em que disse contar com todos para que o partido regresse à Assembleia da República daqui a quatro anos, com umas eleições europeias pelo meio".

Entra Nuno, sai Francisco. "Fogo amigo matou"

Foi quase automático. Minutos depois de Nuno Melo ter entrado na sala do Conselho nacional, Francisco Rodrigues dos Santos abandonou a reunião para vir falar aos jornalistas e foi bastante contundente com os adversários internos.

O líder centrista referiu que "nos últimos dois anos, os adversários do CDS não estiveram lá fora. Moraram cá dentro. O fogo amigo matou", disse Rodrigues dos Santos que, metaforizando, traçou um roteiro para sobrevivência futura: "O CDS só sobrevirá caso recuse ser um partido de grupo, uma associação de egoístas que se comportam como se fossem donos do partido, ou um salão de beleza para cuidar de alguns egos".

Rodrigues dos Santos diz que não vai andar "por aí".

"Sempre estive aqui e vou continuar a estar por aqui, acordado para o meu partido e com a esperança de que vamos dar a volta", frisou.

Terminada a declaração, o líder do CDS abandonou a reunião do Conselho Nacional que vai marcar o congresso do partido para o início de abril.

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