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Chega candidata Diogo Pacheco Amorim a vice-presidente do Parlamento

03 fev, 2022 - 18:35 • Ricardo Vieira

André Ventura defende o currículo "democrático" do deputado recentemente eleito, que tem no seu passado passagens por movimentos como o MDLP. Nome poderá ser vetado por vários partidos.

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André Ventura anunciou esta quinta-feira que o Chega candidata o deputado Diogo Pacheco Amorim a vice-presidente da Assembleia da República.

A votação está marcada para 22 de fevereiro e o candidato do Chega poderá contar com a oposição de vários partidos.

“O regimento, que não foi proposto pelo Chega, é muito claro: cabe aos quatro maiores partidos eleitos indicar o nome do vice-presidente. Claro que há uma votação, mas a prática e a regra tem sido sempre a de que os quatro partidos indicam o vice-presidente. O Chega é hoje a terceira maior força política nacional e, como tal, terá direito de indicar o seu vice-presidente”, declarou André Ventura.

“O regimento, que não foi proposto ou votado pelo Chega, é muito claro: cabe aos quatro maiores partidos eleitos indicar o nome do vice-presidente. Claro que há uma votação, mas a prática e a regra tem sido sempre a de que os quatro partidos indicam o vice-presidente. O Chega é hoje a terceira maior força política nacional e, como tal, terá direito de indicar o seu vice-presidente”, sublinha o líder do partido de extrema-direita.

André Ventura diz que "durante quatro anos o Chega conviveu com vice-presidentes comunistas, bloquistas, um presidente da Assembleia da República socialista que, é sabido de todos, não tinha grande amor pelo Chega nem por mim".

"Aceitámo-lo democraticamente porque esse era o resultado que derivava das eleições de 2019, mesmo sabendo que muitos deles nos tinham destratado e pensavam de nós o pior do mundo, mas que a prática e a regra democrática eram essas."


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André Ventura argumenta que, passados dois anos e meio, "o resultado dos portugueses ditou o inverso. O Chega ultrapassou nas urnas o PCP, o Bloco, o PAN, o Livre, a Iniciativa Liberal e todos os partidos exceto os dois maiores. E o que temos hoje é todos os partidos, ou alguns, a quererem inviabilizar uma escolha que deriva da democracia, da lei e do regimento".

"Não nos deixaremos ficar nem ser condicionados pelo boicote que querem fazer desta vez. O Chega proporá mesmo um nome a candidato a vice-presidente."

Ventura destaca "presença democrática" de Pacheco Amorim

Diogo Pacheco Amorim, filósofo de formação com 71 anos, foi eleito deputado à Assembleia da República nas eleições legislativas do último domingo, pelo círculo eleitoral do Porto.

O político é autor da "matriz ideológica", "textos fundadores" e programa eleitoral do Chega.

O currículo do "n.º 2" do Chega, que também foi jornalista, inclui o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), o Movimento Independente para a Reconstrução Nacional (MIRN), a Aliança Democrática (PPD/CDS/PPM), o CDS-PP e a Nova Democracia.

André Ventura defendeu o currículo de Diogo Pacheco Amorim, que considera ser uma "presença no Portugal democrático".

"Licenciado em Filosofia pela Universidade de Coimbra, foi dirigente em vários movimentos e partidos conservadores e liberais na economia. Foi assessor de Freitas do Amaral, fundador do CDS, durante o primeiro Governo da Aliança Democrática, assessor de Ribeiro e Castro, foi jornalista, foi chefe de gabinete do grupo parlamentar do CDS, entre 1995 e 1997, e com Manuel Monteiro saiu para fundar o PND. Diogo Pacheco Amorim tem provas dadas na vida, no seu percurso profissional e político, de presença democrática, de presença no Portugal democrático e em vários partidos de natureza absolutamente democrática e inquestionável", sublinhou o líder do Chega.

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  • Cidadao
    05 fev, 2022 Lisboa 22:34
    Podem achar que, juntando-se contra o Chega!, dão um exemplo de "superioridade moral" ou de defesa da Democracia e dos valores Humanistas e que é legitimo o Chega! apresentar candidato mas que não é obrigatório que ele seja eleito e mais não sei o quê, mas uma coisa que vai sobressair - e podem crer que o Chega! vai explorar isso até ao limite - é a "união dos partidos-compadres-do-Sistema", contra um partido legitimo com 12 deputados eleitos democraticamente por 386 000 Portugueses eleitores. Se querem deitar abaixo o Chega! enfrentem-no democraticamente num debate de ideias claro, e nunca alicerçados numa espécie de "superioridade moral - como a que mostraram os comentadores e outros convidados da CNN e da SIC em 2 debates para os quais convidaram 2 deputados do Chega! e muito menos em táticas grosseiras conchavadas que só levam as pessoas a pensar "ah, os taxistas estão todos mobilizados contra o Chega! ? É porque eles estão a tocar num nervo". É esse tipo de atitude e pensamento que transformou 1 deputado, em 12.
  • Não aprenderam nada?
    03 fev, 2022 País 19:25
    Quanto mais lhe arreiam e se juntam contra ele, mais apoiantes ele tem. E neste caso até se move dentro da legalidade. Continuem a atacá-lo só por existir e não resolvam os problemas das pessoas que votaram Chega! porque os partidos tradicionais as desiludiram, que em vez de desaparecer, fazem dele um herói e o Chega! um partido com 20 deputados nas próximas eleições.

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