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Debate da Rádio

​Nuclear aquece discussão. Costa rejeita, CDS quer reabrir debate, Livre está atento

20 jan, 2022 - 12:00 • Cristina Nascimento

Primeiro-ministro acusou o Livre de defender a utilização de energia nuclear. Rui Tavares não gostou do que ouviu e acabou a sugerir a demissão do ministro da Ciência e Ensino Superior.

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A questão da energia nuclear foi um dos momentos mais acesos do debate das rádios, com alguém a considerar que se tratava da “bomba atómica da eco-geringonça”. António Costa chamou o assunto ao debate, considerando que o uso de energia nuclear admitida pelo Livre é rejeitado pelo Partido Socialista.

"Com o Livre nós temos várias pontes de convergência mas, por exemplo, há um ponto que para nós é uma linha vermelha inultrapassável: no programa do Livre encara-se com grande abertura a possibilidade de estudar o recurso à energia nuclear como uma solução para a transição energética. Para nós nunca será possível essa solução", declarou António Costa.

Rui Tavares não gostou do que ouviu e pediu para responder, começando por dizer que não leva a mal a António Costa porque “alguém lhe preparou mal as fichas”. Tavares esclareceu depois que o Livre é contra a construção de centrais nucleares em Portugal por serem "caras e perigosas” e que o partido defende sim “seguir atentamente o desenvolvimento de novas tecnologias nucleares, incluindo a fusão nuclear - que é uma tecnologia inteiramente diferente”, assegurou.

Costa ainda contra-atacou pedindo a Tavares para não disfarça, ao que Tavares respondeu aconselhando Costa que então deve demitir o ministro da Ciência e Ensino Superior, dado que este Ministério financia estudos sobre esta matéria.

O tema sobre a energia acabou por ser abordado também por outras forças partidárias com Inês Sousa Real, do PAN, a referir que “a eco-geringonça proposta por Rui Tavares começa coxa logo à partida". Inês Sousa Real preferiu destacar o recurso a energias renováveis e "verdadeiramente limpas". Sousa Real aproveitou ainda para criticar António Costa que, no seu entender, devia “ter uma posição mais firme em relação ao encerramento" da central nuclear de Almaraz, em Espanha.

O CDS deu também um contributo para esta discussão, defendendo a reabertura do debate sobre a anergia nuclear em Portugal, considerando que “é mais limpa, mais barata e pode dotar Portugal de recursos”.

“Há países muito evoluídos que estão dependentes de energia nuclear e não se têm dado mal com isso”, rematou.

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