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Legislativas: Ventura diz que Rui Rio ou governa com o Chega ou "põe-se nos braços do PS"

16 jan, 2022 - 18:58

O presidente do Chega, André Ventura, defendeu hoje que Rui Rio apenas tem "dois caminhos" nestas legislativas, que passam por aceitar governar com o seu partido ou "pôr-se nos braços" do Partido Socialista.

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O presidente do Chega, André Ventura, defendeu hoje que Rui Rio apenas tem "dois caminhos" nestas legislativas, que passam por aceitar governar com o seu partido ou "pôr-se nos braços" do Partido Socialista.

Questionado sobre a abertura de Rui Rio para dialogar com o PAN, após as legislativas de 30 de janeiro, André Ventura considerou que essa posição é "lamentável e é o desespero final" do PSD.

"Primeiro, queria apoiar um Governo do PS e António Costa virou-lhe as costas. Depois, disse que faria um Governo com o CDS-PP e a Iniciativa Liberal, [...] mas infelizmente o CDS-PP estava com 1,3% nas sondagens e a IL com 3% e qualquer coisa. Isto significa que Rui Rio sabe muito bem que só tem dois caminhos: governar com o Chega ou pôr-se nos braços do PS", frisou o líder do partido de extrema-direita, que falava aos jornalistas antes de uma arruada na Batalha, no distrito de Leiria.

Caso Rui Rio não aceite governar à direita "para afastar António Costa", André Ventura acredita que o líder dos sociais-democratas tem "que se demitir" da liderança "e dar lugar a outro no PSD para poder fazer isso".

"Estas manobras de Rui Rio dizer que sim a toda a gente, ao PAN, à Iniciativa Liberal... ainda vamos ver até ao fim desta campanha Rui Rio dizer que admite governar com o PCP, com jeitinho, se as coisas correrem bem", ironizou André Ventura, que já apelidou o líder do PSD de "mordomo de António Costa", de "submisso" e de "traidor", tendo vaticinado no debate com a Iniciativa Liberal que o presidente dos sociais-democratas "nunca seria o primeiro-ministro que Portugal precisa".

Ventura salientou que acredita que o distanciamento do PSD face ao Chega deve-se à "transferência de voto" dos sociais-democratas para aquele partido de extrema-direita.

Nas declarações aos jornalistas, Ventura ainda realçou que não interessa nada ao Chega "crescer, se todo o espaço de direita continuar a baixar", acreditando que a principal luta será pelo terceiro lugar, entre o partido que lidera e o Bloco de Esquerda e que isso poderá determinar a futura maioria parlamentar. .

Ao seu lado, André Ventura tinha o cabeça de lista pelo círculo de Leiria, Gabriel Mithá Ribeiro, cuja mãe é muçulmana, que foi questionado pelos jornalistas sobre os limites à imigração islâmica em Portugal que o Chega pretende impor, de acordo com o documento divulgado no "site" do partido com 100 medidas de governo. .

O candidato respondeu que aquilo que o partido defende é "uma imigração regulada, não direcionada especificamente à comunidade islâmica ou outra". Contudo, no documento de 100 medidas de Governo, o Chega propõe a "criação de limites à imigração islâmica devido aos casos de ameaça terrorista e ao conhecido choque cultural". .

Com mais de uma centena de simpatizantes e militantes na Batalha, os participantes começaram por cantar os parabéns a André Ventura, que fez 39 anos no sábado, e que fez questão de cortar algumas fatias de bolo para os presentes. .

Durante duas horas, André Ventura passou pelo Mosteiro da Batalha, distribuiu panfletos e ouviu algumas palavras de apreço, numa arruada que durou cerca de duas horas. .

Pelo meio, fez questão de passar pela Casa do Benfica, que estava fechada, onde admitiu que o "Chega está melhor colocado do que o Benfica para ganhar" este ano.

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