Tempo
|
A+ / A-

Legislativas: Rio diz que é o sistema judicial que está na linha da frente do combate à corrupção

16 jan, 2022 - 21:01 • Lusa

O presidente do PSD afirmou hoje, em Braga, que quem está na "linha na frente" do combate à corrupção é o sistema de justiça, "não é a política", a qual tem de dar "os instrumentos e as leis necessárias".

A+ / A-
OuvirPausa
0:00 / 0:00

O presidente do PSD afirmou hoje, em Braga, que quem está na "linha na frente" do combate à corrupção é o sistema de justiça, "não é a política", a qual tem de dar "os instrumentos e as leis necessárias".

"A política tem efetivamente alguma responsabilidade no combate à corrupção, mas quem está na linha da frente do combate e de acabar com a corrupção é o sistema de justiça, não é a política", disse Rui Rio, quando desafiado por um militante durante a sessão "Conversas Centrais", que decorreu na cidade de Braga, a falar sobre a temática da corrupção.

Rio disse que a "política tem de dar ao sistema de justiça os instrumentos e as leis necessárias para poderem atuar, e a esse nível no que concerne particularmente aos recursos, sejam humanos sejam técnicos".

"Mas eu também não consigo compreender e vejo às vezes algumas entrevistas de alguns membros do sistema de justiça muito indignados com a corrupção, quando lhes compete a eles, em primeira linha, condenar os corruptos, julgar os corruptos e meter os corruptos na cadeia", afirmou.

E continuou: "Com isto não estou a dizer que a política não tem responsabilidades, mas vamos centrar onde estão as responsabilidades, está no dar os meios adequados à Polícia Judiciária e à Procuradoria-Geral da República e esses meios devem ser dados efetivamente, sejam humanos sejam outros meios".

O líder social-democrata disse ainda não lhe parecer que "o mal esteja neste momento nas leis", lembrando que foi aprovado recentemente "um pequeno pacote relativamente à corrupção por unanimidade na Assembleia da Republica".

"Vamos lá ser claros, nós precisamos de um sistema judicial que saiba funcionar direito para realmente combater a corrupção como se impõe que deva ser combatida. Não podemos é dizer que tem que haver separação de poderes, mas depois a política é que tem que resolver aquilo que cabe à justiça resolver, justamente no quadro da separação de poder", frisou.

Rio referiu ainda que "não é a política que se vai meter nas sentenças e dizer quem é que deve ser investigado e como deve ser e quando deve ser, nada disso, isso é que seria estar a misturar as coisas".

"Tem que estar obviamente separado, mas agora cada um assume as suas responsabilidades e não é dizer que a culpa está sempre do lado do sistema político", salientou.

Nestas conversas com os militantes e os simpatizantes em Braga, no final do primeiro dia oficial de campanha eleitoral, Rui Rio foi, de novo, desafiado a falar sobre as "mentiras" do PS sobre o que o PSD defende para Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como as sondagens, sobre a inovação, os bairros e a habitação social e até as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

"Um coisa que é legítima é o PS discordar e na base da verdade dizer porque é que discorda, coisa diferente é mentir aos portugueses, procurando enganar os portugueses, intoxicar os portugueses, meter medo aos portugueses, para manter a estagnação que é o voto no PS", referiu.


Rio reforçou que o PSD defende que o SNS seja "universal e tendencialmente gratuito" e frisou que foi claro ao dizer que a "Segurança Social tem que ser pública".

"Vamos ver se levamos a campanha eleitoral diretinho até ao fim", frisou.

Rui Rio dirigiu ainda uma forte crítica às empresas de sondagens e referiu que, como gestor, "não encomendava trabalho nenhum a empresas que se permitem fazer aquilo a que se assiste em Portugal há anos".

Na tenda transparente e aberta, instalada no centro da cidade de Braga, havia cerca de 100 lugares sentados e preenchidos, estando depois muitas mais pessoas em pé a assistir à sessão. .

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento e convocou eleições antecipadas para 30 de janeiro na sequência da rejeição na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2022.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+