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Legislativas 2022

PAN ataca touradas. CDS não entra num Governo que inclua... Inês Sousa Real

04 jan, 2022 - 23:31 • Tomás Anjinho Chagas, André Rodrigues

Francisco Rodrigues dos Santos acusa a porta-voz do PAN de ditadura por não respeitar a liberdade dos aficionados. Inês Sousa Real apela ao CDS que se aproxime do século XXI.

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O CDS recusa de forma clara apoiar um governo do PSD em que o PAN esteja incluído.

No debate desta terça-feira à noite com Inês Sousa Real, na RTP 3, o líder centrista lembrou as diferenças ideológicas entre os dois partidos, garantindo que, se o PAN fizer parte de um governo do PSD, o CDS estará fora da solução.

"Com o PAN é absolutamente impossível, porque o PAN desconhece as atividades do mundo rural.

Francisco Rodrigues dos Santos que acusa o PAN de impor uma política de gosto ao tentar acabar com as touradas em Portugal

O PAN quer acabar com a tauromaquia porque o PAN é um partido ditador. Tem um gosto diferente dos portugueses e não se contenta em ser diferente e respeitar a liberdade dos outros. Quer impô-la.

"Segundo a última sondagem, feita pela Eurosondagem em 2019, há três milhões de portugueses que são aficionados. Sabe quantos votos teve o PAN? 140 mil. Sabe que há 87% dos portugueses que dizem que não são contra a touradas? As touradas, de acordo com a nossa lei, respeitam legislação, é uma arte performativa com raízes culturais profundas na sociedade portuguesa".

Na resposta, Inês Sousa Real, do PAN, insiste que as isenções ao setor da tauromaquia devem ser extintas, por, segundo defende, constituírem uma injustiça para outros setores da cultura.

"Quando olhamos para outros setores da nossa economia, em particular no setor cultural, há aqui uma grande injustiça social de estarmos a canalizar verbas para uma atividade anacrónica, cruel para com os animais e que já não deveria ter lugar na nossa sociedade, no século XXI".

Daí que Inês Sousa Real conclua que também que seria difícil de coexistir no mesmo governo do CDS. Difícil, não é impossível, mas "ou o CDS - caso consiga manter a sua representação na Assembleia da República - consegue aproximar-se do século XXI - seja em matéria de defesa de outras formas de vida, seja em matérias de igualdade, como as questões LGBTI", ou essa coexistência não será possível.

Apesar da generalização, o recado da porta-voz do PAN tem como destinatário o seu oponente: “teriam de ser as outras forças políticas a aproximar-se daquilo que o PAN defende".

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