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Rio afasta coligação com Chega. Ventura diz que PSD está mais próximo de Costa

03 jan, 2022 - 22:20 • Redação, com Lusa

O debate entre Rui Rio e André Ventura, transmitido na SIC, ficou dominado pelos cenários de governabilidade após as eleições de 30 de janeiro, com o líder do Chega a acusar o presidente do PSD de querer ser "o vice-primeiro-ministro de António Costa".

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Rui Rio, do PSD, e André Ventura, do Chega, tentaram marcar diferenças entre si durante o terceiro debate televisivo das Legislativas de 2022, realizado esta terça-feira, na SIC.

O líder social-democrata classificou Ventura e o seu partido de "instável" e que "há divergências de fundo" que não permitem que haja uma coligação entre os dois partidos.

"Eu não quero ir para o poder a qualquer preço como Costa fez com a gerigonça", disse, Rui Rio.

O candidato do PSD acrescentou, ainda, que um voto no Chega "é dificultar a possibilidade do PSD conseguir governar o país".

Na resposta, André Ventura disse que, nesse caso, o PSD está atirar a governação para o PS.

"O ónus tem de ficar do lado de Rui Rio. Foi ele quem disse que abdicaria de Governar se dependesse do Chega", realçou.


O líder do Chega referiu que essa postura "é de quem prefere estar com António Costa".

"Afinal, o PS foi tão mau, mas prefere governar com o que se sabe em vez de um projeto de transformação", criticou.

Questionado se prefere entregar o poder ao PS a fazer um entendimento com o Chega, Rio contrapôs com um desafio a André Ventura: "Se o PSD apresentar um programa de Governo na Assembleia da República - não é votado, mas podem meter uma moção de censura - aí naturalmente o dr. André Ventura tem de decidir se quer chumbar o Governo do PSD e abrir portas à esquerda", afirmou.

Confrontado com esta questão, o líder do Chega reiterou as suas condições para essa viabilização: "O Chega só aceita um Governo de direita em que possa fazer transformações e isso implica presença no Governo", disse.

Ainda assim, André Ventura reiterou que "tudo fará" para afastar António Costa do poder e manifestou-se disponível para o diálogo com Rui Rio no pós-eleições.

"Ninguém vota no Chega para ser muleta do PSD, para nós é preciso conversar para haver um Governo que afaste António Costa, o Chega está disponível para conversar no pós 30 de janeiro", assegurou.

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  • Não voto PSD nem PS
    04 jan, 2022 País 17:16
    Alguma vez eu como ex-professor, votaria naquele cata-vento do Rui Rio que um dia diz uma coisa sobre os professores, no dia seguinte vota em sentido contrário? Sob administração dele, o PSD votou sucessivamente sempre contra qualquer pretensão por mais justa ou pequena que fosse, apresentada pelos professores. Alguém da classe acredita que ele vai mudar, quando não há muito tempo dizia que "temos professores a mais" e pouco depois dizia "temos falta de professores"? Nem está dentro dos problemas nem quer saber. É mais um que acha que a Educação é uma despesa e não um investimento. E o PS é igual ou pior. É que se Rui Rio pode dizer que não foi governo, o PS foi-o e durante 6 anos. E o que é que fêz? Prometeu e quando se apanhou servido (votos), roeu a corda.
  • Cidadao
    04 jan, 2022 Lisboa 09:27
    Ou seja, para o Chega! viabilizar um governo do PSD, tem de fazer parte desse governo, leia-se ter ministérios. Bem, podem dizer o que quiserem do André Ventura, mas que diz claramente ao que vem, lá isso diz. Pena os partidos do Poder, PS e PSD, não fazerem o mesmo.

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