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PCP queria ter ouvido primeiro-ministro apontar "resposta global aos problemas" do país

26 dez, 2021 - 12:35 • Lusa

João Oliveira lamenta não ter havido uma palavra para os milhões de portugueses em situaçao de desemprego, baixos salários ou baixas pensões.

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O PCP defendeu este domingo que o primeiro-ministro devia, na sua mensagem de Natal, ter apontado "uma perspetiva de resposta global aos problemas" dos portugueses e comprometer-se com o reforço dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde.

"Era preciso que a mensagem de Natal do primeiro-ministro apontasse uma perspetiva de resposta global aos problemas do país e do povo português, mas não foi isso que aconteceu", afirmou o líder parlamentar comunista num vídeo divulgado hoje à imprensa.

Nesta reação, no dia seguinte à transmissão da mensagem de Natal do primeiro-ministro, João Oliveira disse que queria ter ouvido António Costa dar respostas para a "situação de milhões de portugueses que vão atravessar esta quadra festiva atravessando problemas de desemprego, de baixos salários ou baixas pensões, de horários de trabalho desregulados ou precariedade laboral, de falta de acesso à habitação ou risco de a perder, ou de falta de creche para os seus filhos".

"O primeiro-ministro entendeu não dar essa resposta e, mesmo em relação às questões da epidemia, ficou-se pelo elogio ao Serviço Nacional de Saúde e aos seus profissionais", lamentou.

Assinalando que "é verdade que esse elogio é merecido", o líder da bancada parlamentar do PCP salientou que "mais importante teria sido o primeiro-ministro apontar uma perspetiva de concretização das medidas que há muito tempo estão identificadas como essenciais e decisivas na resposta a epidemia".

No entender do PCP, passam pelo "reforço das equipas de saúde pública, a contratação de mais profissionais de saúde, a recuperação das consultas, dos exames e das cirurgias que ficaram em atraso ou até do pagamento do subsídio de risco aos profissionais de saúde, como verdadeiro elemento de valorização do seu empenho e do seu esforço".

"O primeiro-ministro entendeu não considerar nenhum desses elementos, mas o PCP considera que essa é a resposta verdadeiramente necessária que é preciso dar, fazendo a opção da defesa dos interesses e dos direitos do país, dos trabalhadores e do povo e não da submissão às imposições da União Europeia ou aos interesses do grande capital e dos grupos económicos", afirmou também João Oliveira.

Na sua tradicional mensagem de Natal, que disse ser este ano mais contida do ponto de vista político por se estar em período pré-eleitoral, o primeiro-ministro salientou no sábado que a guerra contra a Covid-19 ainda não acabou, considerou que é fundamental prosseguir o reforço vacinal em Portugal e elogiou o trabalho "inexcedível" dos profissionais de saúde e a resposta do SNS.

Na sua sétima mensagem de Natal desde que exerce as funções de primeiro-ministro, António Costa fez um rasgado elogio à forma como os profissionais de saúde têm estado empenhados no combate à Covid-19.

A seguir, deixou avisos em relação à evolução da pandemia nos próximos meses.

"A vacina provou ser a arma mais eficaz no combate à pandemia, uma extraordinária vitória da ciência, mas a guerra ainda não acabou. Como sabemos, há milhões de seres humanos em todo o mundo que ainda não tiveram acesso à vacina e, enquanto assim for, o vírus continuará ativo e persistirá o risco de se transformar em novas variantes", advertiu.

Por isso, para o líder do executivo, "é fundamental acelerar a vacinação à escala global e prosseguir o reforço vacinal em Portugal".

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