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André Ventura aponta como objetivo atingir 15% nas legislativas

26 nov, 2021 - 22:33 • Lusa

Abordando a luta interna do PSD, André Ventura acusou o líder social-democrata, Rui Rio, de "andar a fazer gala pelo país inteiro a dizer que, se for preciso, governa com o PS".

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O líder do Chega, André Ventura, apontou como objetivo atingir os 15% nas próximas eleições legislativas, apelando à união perante divisões internas que “roçam a insanidade”, e traçando como sua missão “salvar Portugal”.

“Vou dar tudo para que no dia 30 nós todos juntos possamos celebrar a enorme vitória de chegar aos 15% nas legislativas”, salientou André Ventura no o discurso de abertura do IV Congresso do Chega, que decorre até domingo em Viseu.

Ventura afirmou que as próximas eleições legislativas vão “marcar o futuro político de Portugal ao longo das próximas décadas”, sustentando que o partido tem a “hipótese de fazer a diferença”.

“Muitos talvez não tenham noção do que é sermos a terceira força política em Portugal, é sermos o ‘pivot’, a charneira, sermos a balança, o fiel da balança, e fazermos aquelas transformações porque tanto lutámos”, frisou.

Segundo André Ventura, o partido está agora numa posição que lhe permite fazer o “que nunca nenhum partido conseguiu fazer”, sustentando que essa situação não é mérito dele nem dos militantes do partido, mas sobretudo de uma “frustração acumulada pelos portugueses ao longo de 46 anos”.

O líder do Chega defendeu assim que o partido tem como missão “salvar Portugal” e afirmou que irá “dar todo o seu cansaço” para aumentar a representação do partido na Assembleia da República.

Direita "de restos"

Ventura considerou ainda que "a direita está completamente de rastos", procurando capitalizar com as divisões internas no PSD e CDS, e antecipou que Paulo Rangel poderá ser "o líder mais frouxo" da história social-democrata.

Abordando a luta interna do PSD, André Ventura acusou o líder social-democrata, Rui Rio, de "andar a fazer gala pelo país inteiro a dizer que, se for preciso, governa com o PS".

"Durante quatro anos, Rui Rio disse que o PS não servia para Portugal, apresentou-se como um candidato da alternativa a António Costa. Agora, diz que está disposto a negociar e a viabilizar um Governo do PS. Se isto não é querer um tacho qualquer, eu já não sei o que é querer um tacho", indicou.

Quanto a Paulo Rangel, adversário de Rio nas eleições diretas para a presidência dos sociais-democratas que decorrem no sábado, Ventura salientou que, se for eleito líder social-democrata, será "o líder mais frouxo que o PSD já teve alguma vez na sua história".

"É frouxo na forma de fazer política, incapaz de lidar com os problemas cara a cara, incapaz de ter uma palavra dura para com o sistema, de lidar com os problemas sem ser politicamente correto, de fazer um bocadinho diferente daquilo que foi feito nos últimos 40 e tal anos. Paulo Rangel será o maior desastre", frisou.

O líder do Chega abordou ainda a situação no CDS-PP, acusando o seu líder, Francisco Rodrigues dos Santos, de se ter colocado "atrás de muros com medo de ir a eleições", mantendo uma atitude que qualificou como "daqui eu não saio, daqui ninguém me tira".

"O CDS desapareceu, mas isso não nos deve necessariamente deixar alegres, significa que temos que ir buscar esses votos e essas pessoas, significa que há uma grande parte do eleitorado que precisa de uma nova voz e que não os podemos deixar fugir para os partidos do sistema", frisou.

Perante este cenário, o líder do Chega apelou assim ao voto no seu partido nas próximas eleições legislativas, que irão decorrer a 30 de janeiro.

"Vêm-nos dizer que só há duas alternativas: PS ou PSD. Não, nós temos que ser essa alternativa a António Costa, é a nós que cabe essa tarefa", indicou.

[Atualizado às 23h07 - Ventura quer chegar aos 15% nas legislativas]

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