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Rio assegura que não nomeará "boys" ou "girls" para a administração pública

20 nov, 2021 - 15:28 • Lusa

Líder do PSD diz que as grandes empresas privadas recorrem a "headhunters" e considera que a CRESAP poderia ter um papel semelhante.

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O presidente do PSD e recandidato ao cargo assegurou hoje que não vai nomear "boys" ou girls" para a administração pública", por considerar errado e porque depois podem voltar-se contra si próprio.

"Não vou nomear "boys" ou "girls" ou o que lhes queiram chamar para a administração pública. Não vou não. Não vou porque acho que está errado, não vou porque depois sobra para mim. Se nomeio um incompetente, depois sobra para mim", afirmou Rui Rio, que discursava na sessão de encerramento da Convenção "Que Saúde para Portugal", organizada pelo Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD para a Saúde, que decorreu em Coimbra.

O líder social-democrata apontou para o tempo em que esteve à frente da Câmara do Porto, salientando que se nomeasse "um diretor que é um inapto" depois sobraria para si próprio ou para um vereador.

"Eu quero lá as pessoas competentes", frisou.

Rui Rio recordou que as grandes empresas privadas recorrem a "headhunters" (serviços de recrutamento e seleção para cargos de topo), considerando que a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP) poderia ter um papel semelhante.

"Se eu -- secretário de Estado ou ministro -- digo: "Eu preciso de uma pessoa com este perfil para este lugar. Vá [a CRESAP] dar a volta na administração pública e ver onde encontra uma pessoa com este perfil para este lugar". É uma espécie de "headhunter" limitado, apenas na administração pública, mas no limite, se não há na administração pública e se a lei o permitir, fazer mesmo fora da administração pública", defendeu, realçando que não irá telefonar para "uma distrital não sei de onde para saber quem é que deve ser o administrador do hospital".

Durante a sua intervenção, Rui Rio voltou a criticar a forma como o PS tem gerido os serviços públicos, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde, que é "o serviço público de maior importância e o que se tem mais degradado".

"As soluções são efetivamente difíceis", reconheceu, salientando que não é preciso apenas coragem para reforma, mas também "meios para reformar".

"É talvez a área que mais me preocupa da governação", disse, realçando que quando se deita ou quando acorda é a área com que tem mais preocupação.

Rui Rio admitiu que está mais confortável com as finanças públicas, mesmo com uma dívida elevada, do que com o Serviços Nacional de Saúde.

"É, efetivamente, uma pasta muito difícil, muito ingrata", constatou.

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