11 nov, 2021 - 00:31 • Redação
Rui Rio considera que o lapso de informação do ministro da Defesa para com o primeiro-ministro e o Presidente da República sobre o alegado tráfico em missões das Forças Armadas é “uma história mal contada”.
"Tenho simpatia pelo ministro da Defesa. Mas estou a imaginar-me primeiro-ministro e a ver na televisão e ter de telefonar-lhe a perguntar 'o que é que é isto'. É complicado como um ministro deixa assim o governo e deixa mal o presidente", disse esta quarta-feira Rui Rio.
Questionado na RTP3 sobre se o caso do alegado tráfico nas Forças Armadas, Rui Rio admite que a não comunicação do caso ao primeiro-ministro deixa o ministro da Defesa fragilizado — sublinhando que tem simpatia pessoal por João Gomes Cravinho. "Foi uma situação grave. Para mim é particularmente grave o primeiro-ministro ter um membro do governo que não o põe a par de uma situação destas", afirmou.
PSD
Para o candidato à liderança do PSD, a ausência de(...)
“Que o ministro da Defesa não tenha dito nada ao Presidente da República, eu compreendo, porque tem de o fazer através do primeiro-ministro. Se o primeiro-ministro não diz nada ao Presidente da República, porque não sabia, a situação é delicada”, acrescentou.
Questionado sobre a justificação dada por João Gomes Cravinho, que invocou pareceres jurídicos que desaconselhavam a transmissão de informação a outros órgãos de soberania, Rui Rio disse que isso é "muito esquisito".
“Um parecer dos serviços do Ministério da Defesa em que o ministro pergunta se pode dizer ao primeiro-ministro, é uma história mal contada”, rematou.