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Operação Miríade. Rangel quer saber porquê que Marcelo não foi informado

10 nov, 2021 - 23:39 • Lusa

Para o candidato à liderança do PSD, a ausência de informação do caso de uma alegada rede de tráfico que envolvia militares e ex-militares portugueses na República Centro-Africana é “uma crise de Estado grave”.

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O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel afirmou esta quarta-feira que o Governo tem de explicar porque é que o Presidente da República não foi informado do caso de militares em missão externa suspeitos de tráfico de diamantes.

“É fundamental um esclarecimento rápido desta situação. O senhor ministro da Defesa tem que explicar – e o senhor primeiro-ministro tem que explicar – o que se passou para uma situação desta gravidade não ter sido reportada ao Presidente da República e, aparentemente, nem ao primeiro-ministro”, disse Paulo Rangel, que falava aos jornalistas, antes de um encontro com militantes em Coimbra.

O candidato a líder do PSD salientou que espera que na quinta-feira de manhã o Governo seja capaz “de explicar o que se passou”.

“Então um facto que põe a reputação portuguesa em causa na Organização das Nações Unidas, que é dirigida por um português, não é conhecimento do primeiro-ministro nem chega ao conhecimento do Presidente da República?”, questionou.

Para Paulo Rangel, a ausência de informação do caso de uma alegada rede de tráfico que envolvia militares e ex-militares portugueses na República Centro-Africana é “uma crise de Estado grave”.

Em declarações aos jornalistas, Paulo Rangel chamou também a atenção para mais demissões nas chefias em hospitais, desta feita no Hospital Santa Maria, em Lisboa, considerando que há “uma crise” nos hospitais relacionada com “uma péssima gestão do pós-pandemia”.

Para Paulo Rangel, estes dois casos mostram como o atual Governo “está a falhar clamorosamente”, sendo que o PSD tem que estar “na linha da frente da denúncia do caos na saúde e, por outro lado, pedindo esclarecimentos” relativamente aos crimes de que são suspeitos militares das Forças Armadas.

Já dentro do Pavilhão Centro de Portugal e durante o discurso, o candidato a líder do PSD voltou a abordar os dois assuntos, apontando também para outros exemplos em que o Governo tem dado “tiros no pé”, considerando que o atual presidente social-democrata, Rui Rio, não tem conseguido fazer oposição a António Costa.

Na sua intervenção, reafirmou a necessidade de uma candidatura do PSD nas legislativas de janeiro que crie “otimismo” e assente na necessidade de promoção de mobilidade social.

“Nós queremos criar riqueza em Portugal, porque só se se criar riqueza é que é possível combater a pobreza”, disse, defendendo que é preciso competitividade fiscal e que o país não pode distribuir “aquilo que não tem”.

“O PSD não deve ter medo, não deve ter receio, não deve fazer tremer a voz. Nas eleições legislativas de 2022, se os portugueses querem mesmo um período de crescimento, de criação de riqueza, sem tiros no pés, vamos precisar de dar uma maioria que não é clara, não é reforçada: uma maioria absoluta ao PSD”, vincou, durante a intervenção.

A sessão foi fechada aos jornalistas no período de perguntas dos militantes.

No local, marcaram presença, entre outros, o advogado Castanheira Neves e o ex-deputado Maurício Marques, mandatários concelhio e distrital, respetivamente, os ex-secretários de Estado José Martins Nunes e Emídio Guerreiro, o presidente da concelhia do PSD de Coimbra, Carlos Lopes, e o presidente da distrital, Paulo Leitão, o ex-presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro e o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Soares.

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