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Orçamento de Estado 2022

Cristina Rodrigues: “Tínhamos processos legislativos importantes em curso. Se houver dissolução, cai tudo por terra”

26 out, 2021 - 15:13 • Fábio Monteiro

Caso haja eleições legislativas antecipadas, a deputada não-inscrita – que abandonou a bancada parlamentar do PAN em junho 2020 – perderá o seu lugar na Assembleia da República. Questionada pela Renascença sobre se já foi abordada por algum partido para integrar futuras listas, diz que “não”, mas deixa essa possibilidade em aberto: “Se aparecer alguma proposta em que me enquadre, poderei ponderar isso. Mas também não vou procurar.”

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Desde 2019, todos os Orçamentos de Estado sem a geringonça foram acordos difíceis. Por isso, na segunda-feira, quando o PCP anunciou ir votar contra a proposta para 2022, Cristina Rodrigues, deputada não-inscrita, não ficou propriamente surpreendida.

Em declarações à Renascença, antes do início do debate do Orçamento de Estado para 2022, a deputada confessa, ainda assim, estar “preocupada” com o cenário de dissolução do Parlamento.

“Tínhamos processos legislativos em curso que eram importantes e porque tinha conseguido negociar, no âmbito o OE, iniciativas que achava que eram importantes também. E efetivamente, se houver dissolução, cai tudo por terra. Serão processos que terão de ser iniciados por alguém [no futuro]. Não sei por quem”, explica.

Na segunda-feira, Cristina Rodrigues anunciou que se irá abster na votação do OE para 2022. Matematicamente, com os votos contra do PCP e BE, o voto da deputada não fará diferença.

O único cenário em que o seu voto seria decisivo era num Governo “limiano”, como Guterres conseguiu em 2000; o PSD Açores e PSD Madeira, porém, já rejeitaram veemente essa possibilidade esta terça-feira, em declarações ao “Expresso”.

“Há um conjunto de propostas que poderiam alterar, efetivamente, o meu sentido de voto. A questão é que não estamos de facto a trabalhar para isso. Até porque no cenário atual, mesmo que altere o sentido de voto, não tem qualquer diferença para o chumbo do OE”, diz.

Caso haja eleições legislativas antecipadas, como tudo indica que irá acontecer, a deputada não-inscrita - que abandonou a bancada parlamentar do PAN em junho 2020 - perderá o seu lugar na Assembleia da República. Questionada pela Renascença sobre se já foi abordada por algum partido para integrar futuras listas, diz que “não há qualquer contacto nesse sentido”.

“Sempre disse que não estava focada nisso. A minha ideia sempre foi cumprir o meu mandato, fazer o meu trabalho, e não estar à procura de uma forma de perpetuar a minha presença na AR”, justifica.

Ainda assim, deixa essa possibilidade em aberto: “Se aparecer alguma proposta em que me enquadre, poderei ponderar isso. Mas também não vou procurar.”

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