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​Manuel Alegre. BE e PCP “parecem mais empenhados em abrir caminho a Governo de direita”

25 out, 2021 - 18:56 • Pedro Mesquita , com redação

Em declarações à Renascença, o histórico socialista considera que o eventual chumbo do Orçamento do Estado é mau para o país, mas “a estabilidade política não é um fim em si mesmo” e o PS nunca teve medo de eleições.

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Manuel Alegre comenta crise política e orçamental

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O Partido Comunista e o Bloco de Esquerda (BE) parecem “mais empenhados em abrir caminho a um Governo de direita” do que a aprovar um Orçamento de esquerda, afirma o histórico socialista Manuel Alegre, em declarações à Renascença.

O antigo deputado considera que o Governo de António Costa deixa de ter condições para continuar se a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (2022) for chumbada, como anunciaram PCP e BE.

Nesse cenário, “as pessoas e os partidos políticos devem assumir as suas responsabilidades. Dá a impressão que há neste caso dois partidos que, por motivos diferentes, parecem mais empenhados em derrubar este Governo e, eventualmente, abrir caminho a um Governo de direita do que construir com o PS, que é um partido de esquerda, soluções de esquerda”, lamenta Manuel Alegre.

“Uma coisa é certa, não se fazem revoluções por via orçamental”, sublinha.

O histórico socialista considera que o chumbo do OE2022 é mau para o país, porque vão cair por terras várias medidas em matéria de apoios sociais, e defende que o PS nunca teve medo de eleições.

“Eu sou democrata, sou socialista e o Partido Socialista nunca teve medo de eleições. O problema é saber se o eventual chumbo do Orçamento é bom para o país. Eu acho que não é bom para o país e acho que não é bom para as pessoas que iriam beneficiar dos direitos sociais, das reformas, pensões e creches consagrados neste Orçamento”, refere nesta entrevista à Renascença.

Manuel Alegre defende, no entanto, que “a estabilidade política não é um fim em si mesmo. O PS sempre se bateu por eleições quando outros não as queriam e nunca teve medo delas”.

Questionado se o primeiro-ministro, António Costa, está a ser vítima do facto de rejeitar negociar o Orçamento com o PSD, o antigo candidato presidencial afirma que “a vítima, como tem dito o Presidente da República, é o país” que vai ficar sem um Orçamento e mergulhar numa crise política.

Se formos para eleições o PS pode conseguir a maioria absoluta? “Vaticínios, como dizia o célebre capitão do Futebol Clube do Porto e grande jogador João Pinto, só no fim. Prognósticos só no fim”, afirma Manuel Alegre.

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  • Ricardo
    25 out, 2021 Marinha Grande 20:27
    Então, porque não te calas.

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