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Rangel cola Chega ao PS. "Um Chega mais forte permite ao PS perpetuar-se no poder"

15 out, 2021 - 19:15 • Lusa

Na apresentação formal da sua candidatura à liderança do PSD, o eurodeputado classifica o partido de André Ventura como um “limite intransponível” e questiona a ligação "pouco transparente" do PS a este partido.

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O candidato à liderança do PSD Paulo Rangel afirmou esta sexta-feira que o Chega “não faz parte da direita moderada”, e classificou-o como um “limite intransponível”, desafiando o PS a esclarecer a sua ligação “pouco transparente” a este partido.

Questionado pelos jornalistas na apresentação pública da sua candidatura sobre a possibilidade de acordos com o partido liderado por André Ventura, o eurodeputado considerou que “a pergunta está respondida” no seu discurso inicial, onde referiu que a sua candidatura representa “a riqueza ideológica de um partido plural, que vai do centro, centro-esquerda até ao limite intransponível da direita moderada”.

“É evidente que o Chega não faz parte da direita moderada, até falei de limite intransponível”, salientou.

No entanto, desafiou, “essa pergunta deveria ser colocada ao PS e António Costa”, considerando o Chega “o aliado objetivo do PS”.

“Um Chega mais forte permite ao PS perpetuar-se no poder. Para mim, a grande questão hoje na democracia portuguesa é qual é a ligação entre o Chega e o Partido Socialista, que não é transparente. O grande interessado que o Chega possa bloquear soluções no centro-direita é o PS e não é mais ninguém”, frisou.

Quanto a entendimentos com outros partidos, Paulo Rangel apontou o CDS como “parceiro preferencial” e a Iniciativa Liberal como um partido “para dialogar”.

“Dois interlocutores com os quais o PSD liderado por mim estará perfeitamente com capacidade de diálogo, de pontes”, disse.

Depois de criticar o que classificou de “política sistemática de acordos com o PS e o Governo Costa” da direção de Rio, o eurodeputado admitiu que, em certas matérias estruturantes, podem ser necessários entendimentos com os socialistas, dando como exemplos matérias como revisão constitucional ou a eleição de juízes para o Tribunal Constitucional.

Comentários
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  • Cidadao
    16 out, 2021 Lisboa 16:22
    Já tem um discurso forte, tanto para dentro como para fora do PSD, embora isto de alienar o Chega! logo à partida e sem negociações, pareça redutor. Mas claro, ele deve ter factos que todos desconhecemos. E está claramente a desafiar Costa e o PS para 2023... Que diferença para o amorfo inofensivo Rui Rio, conhecido como "o Parolo do Norte" ... Se Rangel não se desviar deste caminho, parece que o PSD tem finalmente a possibilidade de ser Oposição real e até de ir mais além, em 2023...
  • José J C Cruz Pinto
    16 out, 2021 ÍLHAVO 13:21
    Além de que, se - como o menino diz - "um mais forte permite ao PS perpetuar-se no poder", quererá dizer que (como é aliás óbvio para todos) o PSD e o partido do outro menino foram, e ainda são, absolutamente irrelevantes para se lhe oporem - não será assim? Portanto, a curiosidade residirá em saber e ver-se como irão enfraquecer o e arrepiar caminho. [Alguém acredita que o querem e vão fazer?]
  • José J C Cruz Pinto
    16 out, 2021 ÍLHAVO 10:51
    Olha o engraçadinho! Não tem mesmo muita graça o menino? Então, quem ajudou e ajuda o PSD nos Açores, em tantas votações no Parlamento, ... e no mais que ainda se verá? E quem fundou e tem alimentado o "dito-cujo" - de onde veio ele?
  • Bruno
    16 out, 2021 Aqui 07:09
    Ui, isto promete. Só agora anunciou a candidatura e já criou um embaraço aos dois principais partidos que se opõem ao PSD.

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