10 out, 2021 - 13:21 • Marina Pimentel , Sofia Freitas Moreira
Francisco Rodrigues dos Santos acusa os seus opositores de terem andado pelo país durante as eleições autárquicas, a fazer campanha contra a sua liderança. O líder do CDS reagia assim pela primeira vez ao anúncio feito, no sábado, por Nuno Melo de que será candidato à liderança do partido.
O eurodeputado centrista acusou Francisco Rodrigues dos Santos de pôr em causa a democracia interna, ao convocar o Congresso já para novembro. O líder do partido responde que Nuno Melo “já está em campanha há muito tempo” para o derrubar.
Francisco Rodrigues dos Santos diz que esteve em campanha pelo país só com um único propósito, “fazer com que o CDS saísse maior e mais forte ainda nas eleições autárquicas”
Conselho Nacional
Carta é assinada por nomes como Pedro Mota Soares,(...)
Ao longo da campanha, o líder diz ter-se cruzado “com muita gente, que em vez de estar a fazer campanha pelo partido, esteve a fazer campanha para o congresso”.
“Os meus opositores estão há muito tempo, eu diria quase desde que eu fui eleito, a fazer campanha para me derrotarem neste congresso. Não será, certamente, por falta de tempo, de disponibilidade e de meios que não farão a oposição e não tentarão derrubar-me como líder do partido”, acusou.
Eurodeputado centrista discursou no Porto. Em caso(...)
O líder do CDS falava aos jornalistas na abertura dos trabalhos do Conselho Nacional do partido, em que será formalizada a marcação da data do congresso em que disputará a liderança com Nuno Melo.
Em análise vão estar também os resultados das eleições autárquicas. Antecipando esse balanço, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que “não há contabilidade criativa nem tortura de números que ponham em causa a vitória do CDS”.
“A maior das últimas décadas”, diz, e só possível porque não seguiu a estratégia defendida pelos seus opositores internos.
“Se eu fosse seguir a orientação destes críticos, hoje não governávamos em, por exemplo, Lisboa, onde temos o vice-presidente da Câmara, mais dois vereadores com executivo, dois presidentes de junta, e onde multiplicamos a nossa presença nos executivos das freguesias. Também não governávamos Coimbra, onde o CDS há muito tempo não participava na governação e não tinham um vereador eleito”, apontou ainda.
“Todos estes critérios foram atingidos e superados, o que significa que o CDS, utilizando estes critérios, teve o melhor resultado das últimas décadas”, finalizou o líder do partido.