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Autárquicas 2021

Basílio Horta falha maioria absoluta em Sintra. "Vamos governar com a maioria que o povo nos deu"

27 set, 2021 - 03:15 • André Rodrigues

Em Sintra, o segundo concelho mais populoso do país, a generalidade dos partidos perdeu votos para o Chega, que foi a terceira força partidária mais votada. Em Gaia, o terceiro município com mais habitantes, o PS igualou o número de mandatos de 2017 e renovou a maioria absoluta.

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Basílio Horta perdeu a maioria absoluta em Sintra, ao alcançar 35,29% dos votos expressos nas autárquicas deste domingo.

Com este resultado o PS, conseguiu eleger cinco mandatos em 11 possíveis no segundo concelho mais populoso do país (544.851 habitantes, segundo os Censos 2021) , o que representa uma perda de . eleitos em relação a 2017, ano em que Basílio Horta renovou o seu mandato à frente dos destinos da Câmara de Sintra, tendo inclusivamente aumentado o seu poder, já que passou a ter maioria absoluta.

Há quatro anos, os socialistas conseguiram ficar com seis dos 11 lugares no executivo camarário.

“Ganhámos as eleições, isso é importante. Maioria absoluta não teremos, mas ganhámos as eleições que é o mais importante e vamos governar com a maioria que o povo nos deu, quer na Assembleia quer na Câmara”, afirmou Basílio Horta na declaração com que encerrou a noite eleitoral.

A coligação PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PDR/PPM/R.I.R elegeu quatro vereadores para o executivo camarário, tendo alcançado 27,52% dos votos.

“Para além de ter retirado a maioria absoluta a Basílio Horta, a coligação Vamos Curar Sintra conquistou mais uma freguesia, a União de Freguesias de Sintra, tendo mantido a freguesia de Colares, com maioria absoluta, e a União de Freguesias de São João das Lampas e Terrugem”, refere Ricardo Batista Leite, citado num comunicado.

“Agora Basílio Horta já não vai conseguir continuar a fugir de debater os problemas das pessoas de Sintra. Durante os próximos quatro anos não descansarei e irei confrontá-lo em todas as reuniões de câmara”, afirmou.

O Chega foi a terceira força política mais votada e elegeu um vereador.

“Nunca me preocupa o que o eleitorado entende fazer, portanto temos de olhar e governar com aquilo que o eleitorado entendeu dar-nos. Ganhámos a Câmara, serei presidente da Câmara e vou governar Sintra como entendo que deve ser governada”, notou Basílio Horta.

Sobre possíveis entendimentos para viabilizar a sua governação, o autarca reeleito em Sintra não exclui dialogar com quem quer que seja, mas, numa alusão ao candidato do PSD, Ricardo Batista Leite, e aos episódios de polémica durante a campanha – num dos quais, o social-democrata acusou Basílio de “cobardia política” – o autarca que vai continuar por mais quatro anos, assinalou que “ninguém é imprescindível em Sintra. Todos são imprescindíveis a começar por quem tanto me insultou”.

Gaia sem história

No terceiro concelho mais populoso do país – 304.149 habitantes nos Censos 2021 – Eduardo Vítor Rodrigues (PS) renovou a maioria absoluta (57,79%) e igualou o número de eleitos em 2017 (9).

Já a coligação PSD/CDS/PPM não foi além dos 17,57% e elegeu dois vereadores.

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