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Autárquicas 2021

Figueira da Foz. Regresso de Santana Lopes para colocar a cidade (outra vez) no mapa

24 set, 2021 - 01:08 • Teresa Paula Costa

Vinte anos depois Santana Lopes volta a ser candidato na Figueira da Foz, agora como independente. E regressa com provas dadas que muitos munícipes elogiam.

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Passaram-se 20 anos desde a passagem de Pedro Santana Lopes pela Câmara da Figueira da Foz e o regresso do antigo primeiro-ministro às lides autárquicas é vista por muitos figueirenses como uma oportunidade para o estrelato.

Santana regressa ao combate autárquico com provas dadas. E são essas obras que muitos habitantes do concelho elogiam.

Maria já não tem dúvidas ao dizer à Renascença que vai votar "num homem que muito fez pela Figueira da Foz, porque é um grande homem, inteligente e sabe trabalhar: Dr. Santana Lopes!”. Maria teve de recorrer ao então Presidente para a resolução de um problema e Santana Lopes conseguiu o que outros recusaram, pelo que, aos seus olhos, Santana demonstrou dedicação ao seu povo. Além de ter feito da Figueira da Foz “um jardim”.

Mas a visibilidade de Santana Lopes trouxe mais à cidade. Alice defende que “o que vai pesar vai ser a dinâmica que ele imprimiu à cidade na altura e o movimento” bem como a vinda de pessoas.

A professora ainda não decidiu em quem vai votar. O facto do atual presidente – Carlos Monteiro – ter sido seu colega de profissão antes de assumir o mandato autárquico não é suficiente para garantir a sua simpatia.

Na mesma linha de pensamento vai Eugénia. Com um quiosque numa das principais praças da Figueira, a jovem recorda, com saudades, o tempo de Santana. “A cidade esteve ao rubro” descreve Eugénia, que admite “ser de uma geração que adorou o tempo de Santana Lopes”.

“Uma geração que cresceu e não esqueceu”, frisa a jovem, que voltou há três anos depois de 15 anos fora de Portugal.

Nessa altura, deparou-se com uma realidade diferente da que tinha deixado. Conta que “a Figueira estagnou no tempo depois de Santana Lopes ter saído”. Dando o exemplo de outras cidades “que estão bem mais avançadas do que nós”, Eugénia lamenta que haja “muita coisa por fazer e uma mentalidade retrógrada”, pois “nada se pode fazer nesta cidade, tudo é interdito, até um simples para-vento numa esplanada.” E dá ainda o exemplo do seu quiosque que, em mais de 130 anos de existência, só agora tem “esplanada e serviço de café”. “Os jovens que querem trazer algo de novo à cidade veem-se de mãos atadas pois as entidades competentes não deixam que a cidade evolua”, acrescentou.

Pelo investimento na visibilidade que Santana Lopes trouxe à Figueira da Foz agradecem também os comerciantes que viram os seus estabelecimentos encher. Nuno Lopes, Presidente da Associação Comercial e Industrial do concelho afirmou à Renascença que “o investimento em termos de marketing e televisão e o próprio mediatismo da pessoa permitiram dar uma maior visibilidade à Figueira.”

Desse investimento resultou a construção do Centro de Artes e Espetáculos e dos passadiços. Obras que outros criticam pelo dinheiro que custaram. São duas visões opostas que dividem o eleitorado.

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