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OE 2022

António Costa anuncia mexidas nos escalões do IRS

06 set, 2021 - 22:31 • Eunice Lourenço com redação

Em causa está o terceiro escalão (com rendimentos anuais entre os 10 mil e os 20 mil euros) e o sexto escalão (dos 36 mil aos 80 mil euros anuais). Em entrevista à TVI, o primeiro-ministro reconheceu grandes dificuldades na gestão da pandemia mas garante que, agora, estamos mais perto do "ponto de segurança".

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O Governo vai fazer uma revisão dos escalões do IRS, admitiu esta segunda-feira o primeiro-ministro em entrevista à TVI.

António Costa já tinha sinalizado essa intenção no congresso do PS, ao prometer um desdobramento de escalões, algo que o PCP reclama há muito tempo.

“Estamos neste momento a fazer um trabalho muito sério para identificar a possibilidade de no próximo Orçamento do Estado para 2022 fazer aquilo que não conseguimos fazer este ano, que é mais um desdobramento de escalões”, declarou o primeiro-ministro.

Neste ponto, o líder do executivo defendeu que a prioridade vai ser no sentido de serem introduzida mudanças em dois escalões de rendimentos do IRS: o terceiro e o sexto.

No terceiro escalão, que cobre rendimentos entre os 10 mil e os 20 mil euros, temos uma enorme diferença. Depois, há o sexto escalão, entre os 36 mil euros e os 80 mil euros, onde há uma diferença gigantesca”, apontou.

No plano da gestão da crise pandémica, Costa reconheceu que, na fase mais aguda, houve “momentos em que muitos tememos que, de facto, fôssemos ao fundo”.

O chefe do Governo sublinhou, no entanto, que os tempos são, agora, diferentes e que “estamos a poucas semanas de podermos considerar que chegámos, graças à vacinação, um processo de controlo da pandemia” e que, em breve, “vamos conseguir atingir um ponto de segurança”.

Para António Costa, o importante é que “o barco demonstrou resistir bem à tormenta e acho que estamos em condições de partir para águas safas e com ventos de feição”.

Sobre a recuperação económica, o primeiro-ministro destacou a “resiliência impressionante”, sublinhando que Portugal foi dos países da UE "que mais cresceu economicamente no último trimestre".

“Felizmente, não estamos no Titanic, nem o barco está a ir ao fundo. Pelo contrário, o barco demonstrou resistir bem à tormenta. Acho que estamos em boas condições de partir por águas safas e com ventos de feição”, sustentou.


[notícia atualizada às 23h40]

Comentários
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  • Maria Oliveira
    06 set, 2021 Lisboa 22:05
    Este homem deve viver noutro País, não em Portugal. A propaganda habitual, agora mais aprimorada com a aproximação de eleições.

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