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"Costa, vamos atrás de ti". Ventura quer um milhão de votos nas legislativas

18 abr, 2021 - 22:24 • Redação com Lusa

Líder do Chega quer duplicar os 500 mil votos que recebeu nas presidenciais. André Ventura discursou na manifestação contra a ilegalização do partido, cuja força "já não pode ser quebrada".

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André Ventura discursou na manifestação contra a ilegalização do Chega. Foto: Mário Cruz/Lusa
André Ventura discursou na manifestação contra a ilegalização do Chega. Foto: Mário Cruz/Lusa
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Foto: Mário Cruz/Lusa
Foto: Mário Cruz/Lusa

André Ventura afirmou, este domingo, que espera que o Chega alcance um milhão de votos nas próximas eleições legislativas e se torne o "principal partido" da oposição.

O líder do Chega considerou que o partido é "a terceira força política em Portugal" e que espera que os quase 500 mil votos que conseguiu enquanto candidato presidencial dupliquem.

"Para sermos o principal partido da oposição em Portugal. António Costa nós vamos atrás de ti", atirou, argumentando que "a força" que o partido ganhou "já não pode ser quebrada".

O Chega organizou, este domingo, uma manifestação em Lisboa contra ameaças da sua ilegalização. André Ventura salientou que o partido não tem medo e que "só o povo" pode fazê-lo.

"Sabemos que estão todos contra nós", afirmou André Ventura, indicando que a voz dos militantes "não é possível de ser abafada".

As cerca de duas mil pessoas que participaram na manifestação, de acordo com estimativas da PSP no local, encheram a praça do Rossio, onde terminou a iniciativa. Em frente ao Teatro Nacional D. Maria II, estava montado um palco para André Ventura discursar.

"Podem querer calar-nos, podem querer ilegalizar-nos, mas a nossa força, a nossa resistência será feita aqui nas ruas de Portugal porque Portugal é nosso e é por ele que vamos continuar a lutar", afirmou o presidente do Chega, recusando ficar em silêncio "perante a ameaça mais grave à democracia em décadas, a ameaça de extinguir um partido político".

André Ventura criticou que Portugal é "um país que tinha tudo para dar certo mas que, em vez de se preocupar" com pensionistas, trabalhadores com baixos salários, as forças de segurança ou a emigração de jovens, "preocupa-se é em salvar corruptos e a ilegalizar o único partido que lhe faz frente".

"Já não é uma democracia, é uma ditadura que vamos combater com toda a nossa força", acrescentou.

Ao longo do percurso do protesto, que foi acompanhado por um forte dispositivo policial, algumas pessoas que se cruzaram com os manifestantes quiseram mostrar o seu descontentamento, tendo sido afastadas pela polícia.

Além dos habituais cartazes e tarjas, uma delas com a fotografia o antigo primeiro-ministro José Sócrates, havia também um caixão de cartão com as palavras "democracia" e "justiça" escritas.

O líder do Chega, que fez grande parte do percurso sem máscara colocada e não negou abraços a quem lhos pediu, seguiu sempre na frente da manifestação, gritando as palavras de ordem que eram depois repetidas por quem seguir atrás. Ventura repetiu por várias vezes que esta foi "a maior manifestação de sempre" em Lisboa.

"Portugal lutar, só o povo nos pode ilegalizar", "com o Chega a Governar, a justiça vai funcionar", "liberdade sim, ilegalização não", "pela democracia, contra a tirania" ou "André Ventura contra a ditadura" foram algumas das palavras que os manifestantes foram entoando pelas ruas da baixa lisboeta.

Apesar dos apelos para que fosse respeitada a distância de segurança imposta pela pandemia da Covid-19, isso não se verificou na iniciativa.

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